Aumenta o alerta sobre risco de conflito nuclear, afirma ex-ministro da Defesa da Rússia

O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Shoigu, alertou sobre o aumento do risco de um conflito armado entre potências nucleares, conforme reportado pela agência estatal TASS nesta sexta-feira, 24 de outubro de 2024. Shoigu destacou que a rivalidade geopolítica crescente entre grandes nações está intensificando essa ameaça, além de acusar a OTAN de aumentar suas atividades militares nas proximidades da Rússia e de Belarus, ensaiando cenários ofensivos e defensivos.

A invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada em fevereiro de 2022, ocorreu por três frentes: a fronteira russa, a Crimeia e Belarus. Apesar dos avanços iniciais das forças russas, os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, que também foi alvo de ataques. A invasão gerou críticas internacionais e resultou em sanções econômicas contra o Kremlin. Atualmente, a guerra é considerada uma das mais perigosas até o momento, com milhares de mortos.

As tensões aumentaram após o presidente Vladimir Putin ordenar o uso de um míssil hipersônico em um ataque na Ucrânia, que, embora carregasse ogivas convencionais, possui capacidade nuclear. Esse lançamento ocorreu após uma ofensiva ucraniana em território russo, utilizando armamentos ocidentais. Além disso, há alegações de que a Rússia estaria utilizando tropas da Coreia do Norte no conflito, embora ambos os países não confirmem nem neguem essa informação.

Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, afirmou que as forças russas estão avançando de maneira mais eficaz e que a Rússia atingirá todos os seus objetivos na Ucrânia, sem fornecer detalhes específicos. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acredita que os principais objetivos de Putin incluem a ocupação total da região de Donbass, que abrange Donetsk e Luhansk, além da expulsão das tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, onde controlam partes desde agosto.