Política

Michel Feher defende que ser de esquerda é ser ‘wokista’ e alerta sobre o neofascismo

A posse de Donald Trump intensifica a preocupação com a extrema direita na Europa. Michel Feher critica a normalização do neofascismo nos EUA e na Europa. Ele alerta sobre a capitulação da esquerda e a complacência dos centristas. O ressentimento popular é visto como combustível para o crescimento da extrema direita. Feher afirma que a democracia está em risco, especialmente após decisões do Tribunal Supremo dos EUA.

"El filósofo belga Michel Feher fotografado na praça Edmond Michelet em Paris nesta quarta-feira. (Foto: Samuel Aranda)"

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A recente posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou reações diversas ao redor do mundo, especialmente na Europa. O filósofo belga Michel Feher analisa a situação, destacando que a ascensão de Trump representa um regime que pode ser classificado como neofascista. Ele alerta para a necessidade de encarar essa realidade, já que muitos ainda minimizam a gravidade da situação, considerando-a apenas um "teatro".

Feher critica a complacência de centristas e da elite, que, segundo ele, não têm motivos para temer Trump, pois estão protegidos por sua posição social e econômica. Ele argumenta que essa comodidade material impede uma resistência efetiva ao avanço do neofascismo, que se alimenta do ressentimento popular contra aqueles que são vistos como "parasitários". Para ele, a ideia de que a extrema direita é uma reação à globalização neoliberal é equivocada.

O filósofo também menciona que a democracia americana está em estado crítico, especialmente após uma decisão do Tribunal Supremo que permitiu que milionários financiassem campanhas eleitorais. Essa mudança favoreceu o Partido Republicano, resultando na perda de votos pelos democratas, que não abordaram questões sociais relevantes durante suas campanhas. Feher vê a extrema direita europeia como um instrumento útil para o sistema, mas acredita que isso pode abrir espaço para uma resistência à esquerda.

Por fim, ele refuta a ideia de que a ascensão da ultradireita levaria à sua própria queda, afirmando que a maioria dos eleitores do Reagrupamento Nacional na França não vota por engano, mas por identificação com suas propostas. Feher conclui que a luta contra o neofascismo requer uma mobilização ativa e consciente, e que a esquerda deve se adaptar às novas demandas sociais para ser relevante.

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