Política

Autoridades sudanesas prendem e torturam cristãos em Shendi sob falsas acusações

A crise no Sudão se intensificou desde abril de 2023, afetando cristãos. Sete cristãos foram presos e torturados em Shendi por agentes da Inteligência Militar. O advogado dos detidos denunciou a falta de julgamento justo e torturas. A União da Juventude Cristã Sudanesa pediu intervenção internacional urgente. Sudão é o 5º país mais difícil para cristãos, com aumento de perseguições.

Foto: Reprodução

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Agentes de inteligência das Forças Armadas do Sudão (SAF) prenderam e torturaram pelo menos sete cristãos em Shendi, a cerca de 150 quilômetros de Cartum. Os membros da Igreja de Cristo Sudanesa buscavam refúgio em áreas controladas pelas SAF, mas foram detidos por agentes da Inteligência Militar (MI), que os acusaram de apoiar as Forças de Apoio Rápido (RSF) e de receber dinheiro roubado, alegações negadas pelos cristãos. Segundo a União da Juventude Cristã Sudanesa, as acusações foram usadas como justificativa para as prisões.

O advogado Shinbago Mugaddam, que acompanha o caso, relatou que os jovens foram torturados e não tiveram acesso a assistência jurídica. Eles enfrentaram um julgamento sumário no mesmo dia da prisão, onde as testemunhas e acusadores eram todos membros das forças armadas. Mugaddam destacou que as condições para um julgamento justo não foram respeitadas, e os cristãos foram forçados a se declarar culpados sob o Artigo 174 do Código Penal Sudanês, que trata de roubo.

A União da Juventude Cristã Sudanesa condenou as prisões, considerando-as uma violação dos direitos humanos e religiosos, e pediu a intervenção de organizações de direitos humanos. Em outubro, cristãos já haviam sido detidos em Shendi após fugirem de áreas controladas pela RSF. A situação no Sudão se agravou desde o início da guerra civil em abril de 2023, resultando em um aumento de ataques a cristãos e suas propriedades.

O Sudão, que já havia avançado em liberdade religiosa após a queda do regime de Omar al-Bashir em 2019, enfrenta um retrocesso com o golpe militar de 2021. A população cristã, estimada em 2 milhões, ou 4,5% da população total, vive sob crescente temor de perseguições, especialmente após a restauração de poderes amplos aos agentes de inteligência. O país foi classificado como o quinto mais difícil para ser cristão na Lista Mundial da Perseguição de 2025.

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