Cristãos são assassinados e sequestrados em ataques de extremistas na Nigéria

Na última quarta-feira, cinco de fevereiro de 2024, pastores Fulani realizaram um ataque em Kaduna, Nigéria, resultando na morte de três cristãos. O incidente ocorreu uma semana após outro ataque na mesma região. Os agressores mataram um cristão na vila de Majagada Binawa e sequestraram cinco pessoas. Um homem conseguiu escapar, mas ficou ferido. Istifanus Danjuma Makoshi, presidente da Associação de Desenvolvimento de Binawa, declarou que esses atos de violência ameaçam a paz da comunidade e pediu ações urgentes do governo para garantir a segurança local.

Em outra localidade, Galadimawa, os extremistas mataram dois cristãos e feriram três, além de sequestrar cinco moradores. Líderes locais expressaram indignação, afirmando que a violência é um desrespeito aos direitos humanos e exigindo proteção para as comunidades. Don Abamu, morador da área, afirmou que os ataques por "bandidos muçulmanos" se tornaram comuns, enquanto o presidente do Conselho do Governo Local de Kauru, Abel Habila Adamu, confirmou o aumento da violência e a necessidade de intervenção das agências de segurança.

A situação em Kaduna é alarmante, com milhares de pessoas deslocadas e um aumento nos sequestros. Adamu destacou que uma mulher foi morta após pagar resgate a sequestradores. Ele pediu ao governo a criação de bases militares em Kauru e Kumana para melhorar a segurança. Em janeiro, um pastor e outros dois cristãos foram mortos, e em fevereiro, um pastor conhecido como Ezekiel foi brutalmente assassinado, deixando sua família em dificuldades financeiras.

Nehemiah James, morador da região, solicitou intervenção governamental para acabar com a violência, que gerou um clima de medo e pânico nas comunidades. Os ataques também impactaram a economia local, com muitos abandonando suas atividades por temor de sequestros. Sunday Marshall Katung, senador do sul de Kaduna, alertou sobre a tomada de comunidades por extremistas e pediu ação militar imediata. A Nigéria é considerada um dos países mais perigosos para cristãos, ocupando a sétima posição na Lista Mundial da Perseguição de 2025.