Deportações de brasileiros aumentam sob governo Biden, superando números de Trump

O governo de Donald Trump (2017-2021) ficou marcado pela deportação de brasileiros e pela utilização de algemas durante as operações. Seu sucessor, Joe Biden, não apenas manteve essa abordagem, mas também intensificou a retirada de imigrantes dos Estados Unidos. Recentemente, agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) realizaram prisões em Nova York, parte de uma operação que já resultou em mais de 3.500 prisões em todo o país, conforme anunciado pela secretária do Departamento de Segurança Interna, Kristi Noem.

As operações do ICE são descritas como "operações direcionadas de aplicação da lei", focando em imigrantes ilegais que representam uma ameaça à segurança nacional. Até o momento, foram protocolados 2.650 pedidos de mandados de prisão. As ações também ocorreram em Newark e Chicago, onde o prefeito local denunciou a prisão de civis, incluindo veteranos de guerra. Durante uma blitz, 538 pessoas foram detidas, e um grupo de 88 brasileiros foi deportado, gerando preocupações sobre o tratamento recebido durante o processo.

No primeiro mandato de Trump, quase um milhão de imigrantes foram deportados, enquanto Biden deportou 545 mil até agora. Apesar de Biden ter deportado menos imigrantes, o número de brasileiros deportados sob sua administração, 7.168, superou o de Trump, que foi de 6.776. Estima-se que cerca de 230 mil brasileiros vivam ilegalmente nos EUA, e a comunidade brasileira expressa preocupação com as deportações em massa.

Trump implementou diversas medidas rigorosas contra a imigração, incluindo a declaração de emergência na fronteira com o México e a eliminação do direito à cidadania automática para filhos de imigrantes ilegais. Embora tenha sido bloqueado judicialmente em algumas ações, o ex-presidente busca a expulsão de 11 milhões de imigrantes, o que poderia custar mais de US$ 88 bilhões por ano, totalizando cerca de US$ 967,9 bilhões em uma década, segundo o Conselho Americano de Imigração.