Política

Deportações aéreas para o México marcam início da era Trump com sigilo e controvérsias

A Casa Branca anunciou voos de deportação em massa logo após a posse de Trump. Quatro voos de deportação chegaram ao México na primeira semana do novo governo. A falta de transparência sobre as condições dos deportados gera preocupações. Empresas como Eastern Air Express e GlobalX estão envolvidas nas deportações. Aumento nas deportações levanta questões sobre custos e direitos humanos.

"Mulheres deportadas dos Estados Unidos chegam ao aeroporto El Dorado em Bogotá no dia 28 de janeiro. (Foto: Chelo Camacho)"

"Mulheres deportadas dos Estados Unidos chegam ao aeroporto El Dorado em Bogotá no dia 28 de janeiro. (Foto: Chelo Camacho)"

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A administração de Donald Trump iniciou voos de deportação em massa de imigrantes no dia 24 de janeiro, apenas quatro dias após sua posse. A Casa Branca anunciou a medida com a frase “Promessas feitas, promessas cumpridas”, acompanhada de imagens de imigrantes algemados embarcando em um avião. Essa situação gerou uma crise diplomática entre os Estados Unidos e a Colômbia, que protestou contra as condições das transferências e ameaçou medidas comerciais. No México, a presidente Claudia Sheinbaum confirmou que quatro voos de repatriação ocorreram na primeira semana do novo governo, mas pouco mais foi revelado sobre as condições dos migrantes.

Investigações indicam que as operações de deportação seguem padrões estabelecidos durante a administração de Joe Biden. Um voo da Eastern Air Express chegou ao Aeroporto Internacional Felipe Ángeles (AIFA) em 29 de janeiro, partindo de El Paso, Texas. O voo ocorreu sem aviso prévio e sob grande sigilo, com acesso restrito à mídia para proteger a privacidade dos deportados. A deputada Anaí Esparza defendeu a necessidade de manter a dignidade dos repatriados, afirmando que muitos chegam com “sonhos despedaçados”.

Em 2023, mais de 190 mil mexicanos foram deportados pelos EUA, com cerca de 18 mil chegando por via aérea, sendo 88% deles pelo AIFA. A GlobalX, outra operadora de voos charter, também esteve envolvida nas repatriações, tendo assinado um contrato de cinco anos com o ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA), prevendo receitas anuais de 65 milhões de dólares. Os voos de deportação, que custam em média 8.577 dólares por hora, são parte de uma indústria lucrativa, com empresas competindo por contratos que somam centenas de milhões.

A prática de deportação aérea não é nova e persiste independentemente da administração no poder. Apesar das promessas de Trump de deportar um milhão de migrantes anualmente, a Sheinbaum negou que cidadãos mexicanos fossem algemados durante os voos, embora relatos de deportados contradigam essa afirmação. O governo mexicano busca manter boas relações com Washington, evitando conflitos, enquanto a ONU e o governo brasileiro expressaram preocupações sobre os direitos dos migrantes. Até 28 de janeiro, 6.244 deportados foram registrados, com a maioria sendo mexicanos, refletindo uma continuidade nas operações de deportação sob a nova administração.

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