Política

Parlamento alemão rejeita projeto de lei da oposição sobre imigração e gera polêmica

O parlamento alemão rejeitou proposta de imigração após críticas à CDU. Angela Merkel condenou Friedrich Merz por aliança com a extrema direita. Protestos massivos em Berlim cercaram a sede da CDU, gerando tensão. Merz defendeu proposta, alegando necessidade após crimes de imigrantes. Pesquisa mostrou 67% dos eleitores a favor de controles permanentes nas fronteiras.

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O parlamento alemão rejeitou na sexta-feira um projeto de lei da oposição que visava endurecer a política de imigração, apenas dois dias após a oposição conservadora ter sido acusada de violar um acordo de não cooperação com a extrema-direita. O líder da oposição, Friedrich Merz, afirmou que a nova lei era uma resposta necessária a uma série de assassinatos de destaque cometidos por pessoas de origem imigrante. A proposta anterior, que não era vinculativa, foi aprovada na quarta-feira com o apoio do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), gerando protestos públicos e críticas de políticos, incluindo membros de seu próprio partido.

A ex-chanceler Angela Merkel criticou Merz por sua aliança com a AfD, que rompeu um princípio de décadas de rejeição à cooperação com a extrema-direita. A votação que aprovou a proposta conservadora ocorreu em um clima de indignação, com reações de figuras como Albrecht Weinberg, sobrevivente do Holocausto, que devolveu sua medalha em protesto, e Michel Friedman, ex-dirigente da CDU, que anunciou sua saída do partido. Merkel, em uma rara intervenção, condenou a postura de Merz, lembrando sua promessa de buscar alianças apenas com partidos democráticos.

Pressionado pelas críticas, Merz, que é favorito nas eleições de 23 de fevereiro, defendeu a proposta e negou ter quebrado a barreira histórica entre os partidos tradicionais e a AfD. Ele argumentou que não poderia controlar quem apoiava a proposta e minimizou os protestos, afirmando que a oposição estava exagerando. "O direito de demonstrar só vai até certo ponto," disse Merz, enquanto milhares de manifestantes tomaram as ruas de Berlim na quinta-feira, cercando a sede do seu partido e forçando a evacuação por questões de segurança.

Uma pesquisa do DeutschlandTrend revelou que 67% dos eleitores apoiam controles permanentes nas fronteiras, incluindo mais da metade dos apoiadores do partido Social-Democrata do chanceler Olaf Scholz. A situação reflete um crescente descontentamento público com a imigração e a política de segurança na Alemanha, em meio a um clima político polarizado.

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