Política

Brasileiros se alistam na Ucrânia motivados por empatia e desejo de mudança

Matheus Jardes e Ezequiel Rocha alistaram se no Exército ucraniano em 2024. Jardes foi motivado pela luta da filha contra o câncer e questões humanitárias. Ambos relatam a dura realidade da guerra, especialmente a vulnerabilidade infantil. Eles temem represálias ao retornar ao Brasil, incluindo possível extradição. O professor Salviano Feitoza analisa fatores sociais que influenciam o alistamento.

Matheus Jandres chegou à Ucrânia um dia antes do Natal de 2024 (Foto: Matheus Jandres/Reprodução de vídeo)

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Matheus Jardes, natural de Soledade (RS), chegou à Ucrânia um dia antes do Natal de 2024, deixando esposa e filha de seis meses no Brasil. Ele decidiu se alistar para lutar no conflito motivado pela cura da filha, que enfrentou um câncer. Jardes afirmou que sua decisão foi impulsionada pela realidade das crianças afetadas pela guerra, que ele considera triste e alarmante. Ele e outro brasileiro, Ezequiel Rocha, que se alistou no final de 2024, relataram que a mídia não retrata a gravidade da situação e que o dinheiro não deve ser o principal motivador para se juntar ao Exército ucraniano.

Os soldados recebem um salário de 20 mil grívnias (aproximadamente R$ 2,8 mil) mensais, podendo receber um bônus de 100 mil grívnias (cerca de R$ 14 mil) da Otan, embora este não seja garantido. Ambos enfatizaram que o alistamento deve ser guiado por um propósito maior, como ajudar os que sofrem, e não por recompensas financeiras. Jardes pretende cumprir seu contrato de seis meses e retornar ao Brasil para o aniversário da filha, enquanto Rocha, que também serviu no Exército brasileiro, destacou a importância de ter um propósito claro ao se alistar.

Rocha expressou preocupações sobre a recepção ao retornar ao Brasil, temendo possíveis represálias, como a extradição para a Rússia. Ele mencionou que seu maior medo não é ser ferido, mas sim enfrentar consequências legais ao voltar. Ambos os soldados compartilham uma forte conexão com o patriotismo e a missão de ajudar a Ucrânia, com Rocha afirmando que seu amor pela pátria brasileira é inabalável.

O professor Salviano Feitoza analisou as motivações que levam brasileiros a se alistar, apontando que fatores sociais e ideológicos, como a crença na Rússia como o "inimigo", influenciam essa decisão. Ele destacou que a engenharia do caos nas redes sociais pode distorcer a percepção da guerra, levando indivíduos a buscar um sentido de vida através de ações heroicas, como lutar por um bem maior. O número de brasileiros envolvidos no conflito é incerto, mas uma ONG reportou que 16 brasileiros morreram na guerra até janeiro de 2025.

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