29 de abr 2025
Chinês revela abusos na guerra da Ucrânia e alerta compatriotas sobre riscos
Chinês que lutou pelo exército russo denuncia abusos e corrupção, alertando compatriotas a não se juntarem ao conflito na Ucrânia.
Foto de um homem em uma sala de aula, com uma lousa ao fundo. Ele está explicando algo para os alunos. (Foto: Alexander Ermochenko/Reuters/File)
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Um combatente chinês que lutou pelo exército russo denunciou abusos, incluindo ter sido mantido em um buraco por 21 dias. Ele alertou outros compatriotas a não se juntarem ao conflito, citando corrupção e má gestão militar. O homem, que se identificou como Michael, afirmou que se alistou na luta da Rússia contra a Ucrânia para experimentar a vida militar, mas agora considera sua decisão um erro.
Michael, de 29 anos, relatou que sua punição ocorreu após uma disputa com seu comandante sobre equipamentos de proteção. Ele descreveu a experiência como brutal e afirmou que a realidade do exército russo é muito pior do que imaginava. "O exército número dois do mundo é uma piada", disse ele, mencionando problemas como equipamentos inadequados e logística deficiente.
A presença de combatentes chineses na guerra foi destacada quando o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou a captura de dois lutadores chineses. Ele afirmou que há muitos outros lutando ao lado da Rússia. O governo chinês negou envolvimento e pediu que seus cidadãos não participem de ações militares. No entanto, Michael e outros combatentes afirmaram conhecer centenas de chineses nas fileiras russas.
A propaganda nas redes sociais tem atraído homens chineses para se alistar, prometendo bons salários e uma imagem de masculinidade. Michael, que já havia servido no Exército de Libertação Popular da China, se deixou levar por anúncios que viu no Douyin, a versão chinesa do TikTok. Ele chegou à Rússia em novembro de 2023 e, após dificuldades com o idioma, se juntou ao grupo mercenário Wagner.
Os salários para os mercenários variam, com Michael afirmando que seu contrato com o Ministério da Defesa da Rússia oferecia 200 mil rublos (cerca de R$ 2,4 mil) por mês, além de bônus por território conquistado. Muitos dos combatentes chineses, segundo ele, estão motivados por questões financeiras, buscando melhores oportunidades em um contexto de crescimento econômico lento na China.
Enquanto isso, outros chineses têm lutado ao lado da Ucrânia, motivados por ideais e experiências pessoais. Jason, que se mudou para os Estados Unidos, se alistou na Legião Internacional da Ucrânia, enquanto Sophie, estudante de doutorado, aguarda aprovação para se juntar a eles. Ambos compartilham a visão de que a guerra é uma luta contra a opressão e a desinformação.
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