Política

Organização Mundial da Saúde busca alternativas após saída dos Estados Unidos

A saída dos EUA da OMS representa uma perda significativa de financiamento, cerca de US$ 1,3 bilhão. Tedros Adhanom Ghebreyesus pede diálogo construtivo para fortalecer laços com os EUA. A OMS busca aumentar contribuições de países ricos para cobrir lacuna financeira. A organização precisa diversificar suas fontes de financiamento para evitar dependência. A crise atual destaca a importância de um compromisso global com a saúde pública.

"O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, está interessado em manter um 'diálogo construtivo' com os Estados Unidos. (Foto: Sean Gallup/Getty)"

"O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, está interessado em manter um 'diálogo construtivo' com os Estados Unidos. (Foto: Sean Gallup/Getty)"

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A diretoria executiva da Organização Mundial da Saúde (OMS) se reúne esta semana, após a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país da entidade. Essa saída representa um golpe significativo, já que, em 2022-23, os EUA contribuíram com cerca de um sexto da receita total da OMS. Em seu discurso, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, enfatizou a importância de um “diálogo construtivo” para preservar a relação histórica entre a OMS e os EUA.

A retirada dos Estados Unidos deve servir como um alerta para os 193 países membros restantes da OMS, que precisam diversificar suas fontes de financiamento. A OMS, que atua como a única autoridade global em saúde pública, é crucial para países de baixa renda, oferecendo acesso a medicamentos e vacinas acessíveis. A agência é responsável pela vigilância e controle de surtos de doenças infecciosas, tendo alcançado a erradicação da varíola em 1980.

O financiamento dos EUA, que totalizou US$ 1,3 bilhão em 2022-23, foi vital para iniciativas de contenção de surtos, como o mpox na República Democrática do Congo e a doença do vírus Marburg em Ruanda. A saída dos EUA deixa um vazio que pode ser preenchido por outros países, especialmente os de alta e média renda, além de fundações filantrópicas. Antecipando essa possibilidade, a liderança da OMS garantiu US$ 3,8 bilhões em promessas de doadores, que ajudarão a cobrir parte dos US$ 7,1 bilhões necessários até 2028.

A complexidade da OMS, que combina funções técnicas e políticas, levanta discussões sobre a necessidade de reformas em sua governança. No entanto, mudanças estruturais são improváveis no atual clima geopolítico. Com a crescente participação de organizações regionais e filantrópicas, a responsabilidade pelo financiamento da OMS deve ser compartilhada globalmente. A OMS foi criada para enfrentar doenças que não respeitam fronteiras, e todos os países devem contribuir para a saúde global.

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