O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, anunciou uma série de medidas que visam reduzir as proteções às espécies ameaçadas de extinção e seus habitats. A diretiva, assinada pelo secretário do Interior, Doug Burgum, estabelece um prazo de 15 dias para que agências apresentem planos que facilitem a exploração de […]
O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, anunciou uma série de medidas que visam reduzir as proteções às espécies ameaçadas de extinção e seus habitats. A diretiva, assinada pelo secretário do Interior, Doug Burgum, estabelece um prazo de 15 dias para que agências apresentem planos que facilitem a exploração de petróleo e gás. Críticos afirmam que essa ação enfraquecerá a Lei de Espécies Ameaçadas de Extinção, permitindo a exploração em áreas sensíveis, como o Ártico e o Grand Canyon.
Burgum declarou que a ordem representa um novo capítulo para o Departamento do Interior, enfatizando a intenção de liberar o potencial energético dos EUA e promover o desenvolvimento econômico. A medida busca reverter proibições de perfuração em áreas protegidas, além de revogar normas que garantiam a proteção de aves contra mortes acidentais. Ambientalistas alertam que essas mudanças podem acelerar o declínio de várias espécies, como o tetraz-maior e o lagarto-da-artemísia, que habitam regiões afetadas pela exploração de petróleo.
Pesquisadores já começaram a analisar as implicações das políticas energéticas de Trump, que prometeu reverter regulamentações climáticas e incentivar o uso de combustíveis fósseis. Modelos indicam que, se implementadas, essas políticas podem resultar em um aumento de 2 a 4 bilhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono até 2030, o que teria consequências significativas para a saúde pública e o meio ambiente.
Além disso, a reversão das políticas atuais pode levar a uma perda líquida de quase 4 milhões de empregos até 2030, superando quaisquer ganhos no setor energético. Especialistas afirmam que o aumento da poluição do ar resultante dessas mudanças pode causar milhares de mortes prematuras anualmente, destacando os riscos associados à agenda energética do governo Trump.