Política

Força-tarefa em Portugal avança na regularização de imigrantes, mas brasileiros enfrentam desafios

A força tarefa em Portugal visa regularizar 400 mil imigrantes, mas brasileiros enfrentam dificuldades. Apenas poucos cartões de autorização de residência foram emitidos para brasileiros. Advogados suspeitam de retaliações da AIMA devido a ações judiciais. Processos de brasileiros estão sendo indeferidos sem justificativas claras. AIMA não respondeu sobre o número de brasileiros atendidos ou regularizados.

Imigrantes se aglomeram na busca por atendimento na AIMA Porto em maio de 2024 (Foto: Gian Amato/Portugal Giro/O Globo)

Imigrantes se aglomeram na busca por atendimento na AIMA Porto em maio de 2024 (Foto: Gian Amato/Portugal Giro/O Globo)

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A força-tarefa em Portugal, criada em setembro de 2024, visa regularizar 400 mil imigrantes, mas os brasileiros enfrentam dificuldades. A maioria na fila da Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) relata que o cartão de autorização de residência demora a ser emitido ou não chega após a conclusão do processo. Sônia Gomes, presidente da Associação de Apoio e Integração de Estrangeiros e Familiares (AAEIF), destacou que poucos cartões foram enviados, afirmando: “Já era para ter uma entrega maior de cartões”.

Advogados consultados indicam que a maioria dos brasileiros atendidos não recebeu o cartão, sendo que apenas aqueles que acionaram a Justiça conseguiram a emissão. Sem o cartão, a regularização não garante direitos básicos. Além disso, há um aumento no número de processos indeferidos, conforme relatos à AAEIF. Sônia declarou: “Estão indeferindo os processos, simplesmente indeferindo”. O advogado Marcel Borges suspeita que isso possa ser uma retaliação devido ao número de ações judiciais contra a AIMA.

Borges também observou que a AIMA tem demonstrado desconfiança em relação aos documentos apresentados, o que pode prejudicar o andamento dos processos. Ele comentou que a AIMA não é um órgão policial, mas alguns inspetores agem como tal, questionando a veracidade de informações que deveriam ser analisadas sem suspeitas. A AIMA informou que realiza cerca de seis mil atendimentos diários e, segundo o secretário de Estado da Presidência, Rui Armindo Freitas, já foram feitos 220 mil atendimentos na força-tarefa, superando a metade das pendências. O prazo para concluir a força-tarefa é junho deste ano.

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