06 de fev 2025
Aliados da Ucrânia alertam Europa sobre reabertura de gasodutos russos em acordo de paz
Aliados da Ucrânia, como Estônia e Lituânia, rejeitam reabertura de gasodutos russos. A União Europeia busca alternativas para reduzir a dependência de gás russo. Estonia destaca que restaurar o fluxo de gás contradiz metas de energia até 2027. Ex ministro da Lituânia critica proposta como uma das piores ideias da história. Polônia também se opõe à reabertura, pedindo lições da agressão russa.
Uma chaminé e tubos na usina BKM Nonprofit Fotav Zrt em Budapeste, Hungria, na quinta-feira, 2 de janeiro de 2025. (Foto: Bloomberg/Getty Images)
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Os aliados mais próximos da Ucrânia expressaram preocupações sobre a possibilidade de a União Europeia (UE) reabrir os gasodutos russos como parte de um possível acordo de paz. Um país báltico descreveu essa ideia como "não uma boa solução de forma alguma". A discussão surgiu após o Financial Times relatar que oficiais da UE estavam considerando restaurar o fluxo de gás da Rússia para a Europa, visando reduzir os custos energéticos na região. A Estônia, que faz parte da OTAN e possui uma fronteira de 294 quilômetros com a Rússia, é uma das nações que se opõem a essa reabertura, enfatizando que isso contraria o objetivo da UE de eliminar as importações de combustíveis fósseis russos até 2027.
Kadri Elias-Hindoalla, diretora do departamento de sanções e bens estratégicos do Ministério das Relações Exteriores da Estônia, afirmou que "a Rússia usou a energia como arma" e que "voltar atrás não é uma boa solução". Ela ressaltou que a invasão da Geórgia em 2008 deveria ter ensinado à Europa a importância de buscar fornecedores alternativos e aumentar a independência energética. A posição da Estônia é clara: maximizar as sanções e limitar as importações de energia da Rússia ao máximo possível.
A Comissão Europeia, por sua vez, negou qualquer ligação entre a reabertura do gás russo e as negociações de paz na Ucrânia. A porta-voz da UE, Paula Pinho, afirmou que o foco continua na eliminação gradual do gás russo, após a adoção de um 15º pacote de sanções contra a Rússia no final do ano passado. A Lituânia também se manifestou, destacando que qualquer acordo de paz deve incluir a participação total de Kyiv, uma mensagem reforçada pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy.
O ex-ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, criticou a ideia de depender do gás russo para a paz, chamando-a de "uma das piores ideias da história". O presidente da Lituânia, Gitanas Nausėda, alertou que a posição geográfica do país poderia torná-lo vulnerável a um conflito mais amplo, enquanto a Polônia também se opôs à reabertura dos fluxos de gás, esperando que os líderes europeus aprendam com a agressão russa contra a Ucrânia.
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