Kremlin confirma intensificação de conversas com os EUA sobre a Ucrânia e reunião entre líderes

Desde que assumiu a presidência, Donald Trump afirmou que seu governo já teve diálogos com a Rússia sobre a situação na Ucrânia, mas sem entrar em detalhes. O presidente dos Estados Unidos prometeu facilitar um acordo entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky. Nesta quinta-feira, o Kremlin confirmou que as conversas com os EUA sobre um possível plano para encerrar o conflito se intensificaram. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou: “Há de fato contato entre certas agências governamentais e eles se intensificaram recentemente.” Apesar de considerar Zelensky ilegítimo, Peskov afirmou que Moscou está disposta a dialogar.

A confirmação dos contatos representa um avanço nas negociações, após meses de incertezas sobre a capacidade de Trump de cumprir suas promessas. A falta de comunicação entre os líderes e a ausência de planos concretos para uma reunião geraram dúvidas sobre a rapidez das negociações. Trump, por sua vez, tem pressionado por sanções mais severas contra a Rússia e uma queda nos preços do petróleo, principal produto de exportação do país. Embora tenha elogiado Trump publicamente, Putin permanece indiferente às propostas de paz dos EUA e não recuou de suas exigências.

Os preparativos para um encontro entre Trump e Putin estão em “estágio avançado”, segundo Leonid Slutsky, chefe do comitê de Assuntos Internacionais do Parlamento russo. Ele mencionou que os líderes discutirão temas como controle nuclear, preços de energia e o fim da guerra na Ucrânia. Slutsky não revelou a data da reunião, mas indicou que pode ocorrer em breve, possivelmente em fevereiro ou março. O porta-voz do Kremlin reiterou que as conversas entre Moscou e Washington se intensificaram recentemente.

Durante sua campanha, Trump criticou os altos gastos com a guerra na Ucrânia. No ano passado, o Congresso dos EUA aprovou um projeto de lei de 95,34 bilhões de dólares para ajuda a Israel, Ucrânia e Taiwan. A crescente disposição para o diálogo entre as partes pode sinalizar um novo capítulo nas relações entre os dois países, embora desafios significativos ainda permaneçam, como o futuro do território ucraniano anexado pela Rússia e a entrada da Ucrânia na OTAN.