07 de fev 2025
Hamas anuncia libertação de três reféns israelenses em troca de 183 prisioneiros palestinos
O Hamas libertou três reféns israelenses em troca de 183 prisioneiros palestinos. A troca ocorreu em meio a tensões após declarações de Donald Trump sobre Gaza. Os reféns, Ohad Ben Ami, Eli Sharabi e Or Levy, estavam em cativeiro há 491 dias. A condição dos reféns ao serem libertados foi criticada como "cruel" e "cínica". O futuro do cessar fogo e a proposta de Trump geram incertezas sobre a paz na região.
"Palestinos no campo de refugiados Jabalia (Foto: REUTERS/Mahmoud Issa)"
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O Hamas anunciou a libertação de três reféns israelenses neste sábado, 8 de fevereiro, como parte de um acordo de cessar-fogo com Israel. Os reféns, Ohad Ben Ami, Eli Sharabi e Or Levy, foram capturados durante o ataque do grupo em 7 de outubro de 2023. Em troca, Israel libertará 183 prisioneiros palestinos, incluindo 18 que cumprem penas de prisão perpétua e 111 detidos durante a guerra. A entrega ocorreu em Deir al-Balah, onde os reféns foram exibidos em um palco antes de serem entregues à Cruz Vermelha.
O Hamas havia anteriormente acusado Israel de atrasar a entrada de ajuda humanitária em Gaza, o que gerou tensões sobre o acordo de cessar-fogo, considerado frágil. O grupo também criticou a retenção de equipamentos necessários para a reconstrução e a remoção de escombros. Em resposta, Israel negou as acusações e afirmou que permitiu a passagem de milhares de caminhões com suprimentos. A situação se complica ainda mais com as declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que sugeriu que os Estados Unidos assumissem o controle de Gaza e relocassem sua população.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressou preocupação com o estado dos reféns libertados, que aparentavam estar em condições precárias. Ele criticou a "exibição" dos reféns pelo Hamas e prometeu que as imagens não ficariam sem resposta. O Fórum das Famílias de Reféns comparou a situação dos libertados a imagens de sobreviventes de campos de concentração, destacando a urgência de se avançar nas negociações para a segunda fase do acordo, que visa a libertação de todos os reféns restantes.
A primeira fase do acordo de cessar-fogo, que começou em janeiro, prevê a libertação de 33 reféns em troca de quase 2 mil prisioneiros palestinos. No entanto, a continuidade do cessar-fogo e a realização da segunda fase permanecem incertas, especialmente após as propostas de Trump, que foram amplamente rejeitadas pela comunidade internacional e pelos próprios palestinos. A situação em Gaza continua crítica, com milhares de mortos e a infraestrutura devastada após meses de conflito.
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