Ucrânia oferece exploração de minerais estratégicos aos EUA em troca de apoio de Trump

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou interesse em negociar a exploração de recursos minerais com os Estados Unidos, visando garantir apoio na luta contra a invasão russa. Em conversa com Donald Trump, o presidente americano demonstrou interesse em um acordo que permitiria aos EUA acessar reservas de terras raras, essenciais para a indústria de alta tecnologia. As reservas ucranianas, consideradas as maiores da Europa, são alvo de cobiça não apenas de Washington, mas também da Rússia.

Zelensky destacou que cerca de 70% das jazidas de minerais estratégicos estão localizadas em áreas de intenso conflito, como Lugansk, Donetsk e Dnipro. Em declarações, ele enfatizou que está disposto a formalizar um acordo que assegure mais apoio dos EUA em troca de acesso a recursos como carvão e gás natural liquefeito. "Se estivermos falando de um acordo, vamos fazê-lo", afirmou Zelensky, ressaltando a importância da parceria com os americanos.

Estima-se que a Ucrânia possua mais de uma centena de tipos de minerais estratégicos ainda inexplorados, representando cerca de 5% do total mundial. O Fórum Econômico Mundial classificou o país como um potencial fornecedor de metais de terras raras, como titânio, lítio e urânio, fundamentais para diversas indústrias. Zelensky já havia sinalizado a disposição de negociar esses recursos como parte de sua estratégia para fortalecer a posição da Ucrânia no cenário internacional.

A abordagem de Zelensky para abrir negociações sobre reservas minerais começou no final do ano passado, como uma forma de se fortalecer na disputa com a Rússia. Ele reiterou que não está "dando" os recursos, mas sim buscando um acordo que beneficie ambos os lados. Além das terras raras, os EUA demonstraram interesse em depósitos de gás natural, que também estão em pauta nas conversas entre os líderes.