10 de fev 2025
Disputa acirrada marca segundo turno das eleições presidenciais no Equador
O segundo turno das eleições presidenciais no Equador ocorrerá em 13 de abril. Daniel Noboa e Luisa González estão em um acirrado empate técnico, com 44,4% e 44,1% dos votos. A eleição teve alta participação, com 83% dos eleitores comparecendo às urnas. A campanha foi marcada por medidas de segurança devido ao aumento da violência no país. O vencedor enfrentará desafios econômicos e de segurança, com o Equador em crise.
O presidente equatoriano, Daniel Noboa, e a candidata de oposição Luisa González (Foto: AFP)
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O atual presidente do Equador, Daniel Noboa, e a candidata opositora Luisa González se enfrentarão em um segundo turno das eleições presidenciais, marcado para 13 de abril. A disputa no primeiro turno foi acirrada, com Noboa obtendo 44,4% dos votos e González 44,1%, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A participação popular foi alta, com cerca de 83% dos mais de 13 milhões de eleitores comparecendo às urnas. O pleito foi marcado por um clima de segurança reforçada, após a violência que permeou as eleições anteriores.
A campanha de Noboa, que se tornou o presidente mais jovem da história do país, foi impulsionada por sua imagem de governante firme contra o tráfico de drogas. Ele é filho do empresário Álvaro Noboa, que tentou a presidência cinco vezes. Por outro lado, Luisa González, apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa, busca ser a primeira mulher a ocupar a presidência do Equador. Em seus discursos, ela enfatiza a necessidade de justiça social e segurança, distanciando-se das acusações de que Correa teria ligações com máfias.
As eleições ocorreram em um contexto de crescente violência ligada ao narcotráfico, que transformou o Equador em um ponto estratégico para o tráfico de drogas. A taxa de homicídios aumentou significativamente, passando de 6 para 38 por 100 mil habitantes em apenas seis anos. Apesar da aparente tranquilidade no dia da votação, houve relatos de ameaças e um ataque armado em Guayaquil, que resultou na morte de um policial. A segurança foi uma preocupação central, com 100 mil membros das forças de segurança mobilizados para garantir a ordem.
A disputa entre Noboa e González não é apenas uma batalha eleitoral, mas também uma luta por diretrizes políticas em um país que enfrenta uma crise econômica e social. O novo presidente terá que lidar com uma dívida pública de mais de 5 bilhões de dólares e um cenário de insegurança crescente. A composição da nova Assembleia Nacional também será crucial, já que o partido de Noboa, ADN, e o movimento de González, Revolução Cidadã, terão que negociar para garantir a governabilidade no país.
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