11 de fev 2025
Papa Francisco critica deportações de Trump e defende dignidade dos migrantes
O Papa Francisco criticou as deportações em massa de Trump, chamando as de "crise". Em carta aos bispos dos EUA, ele pediu que católicos se oponham a narrativas discriminatórias. O governo Trump respondeu, com Tom Homan sugerindo que o Papa cuide da Igreja. Francisco defende a dignidade humana, afirmando que deportações prejudicam famílias vulneráveis. O conflito reflete uma tensão crescente entre o Vaticano e setores ultraconservadores da Igreja.
"Pope Francis preside a Missa na Praça de São Pedro em 9 de fevereiro. (Foto: Mondadori Portfolio/Getty Images)"
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O Papa Francisco criticou severamente a política de deportações em massa do governo de Donald Trump, descrevendo-a como uma violação da dignidade humana. Em uma carta dirigida aos bispos dos Estados Unidos, o pontífice afirmou que a crise migratória atual "prejudica a dignidade de homens e mulheres" e exortou os católicos a não cederem a narrativas discriminatórias. Ele destacou que a deportação de pessoas vulneráveis é moralmente errada e que políticas de imigração não devem ser baseadas no privilégio de alguns em detrimento de outros.
Francisco também se referiu a "muros de ignomínia" e pediu que os fiéis se opusessem à política de imigração de Trump, que ele considera uma perversão moral. O Papa enfatizou que a verdadeira dignidade humana deve ser respeitada e que a segurança das fronteiras não deve ser alcançada à custa da dignidade dos migrantes. Ele reconheceu o direito de um país se defender, mas afirmou que isso não deve resultar em sofrimento para os mais vulneráveis.
Em resposta, Thomas Homan, chefe da imigração dos EUA, sugeriu que o Papa deveria se concentrar nos assuntos da Igreja e deixar a segurança das fronteiras para as autoridades americanas. Homan questionou a hipocrisia de criticar a construção de muros, lembrando que o Vaticano também possui um. A troca de críticas entre o Papa e a administração Trump não é nova, já que em 2016, Francisco havia declarado que Trump não era cristão por suas políticas de imigração.
A carta do Papa também reflete um contexto mais amplo de tensões entre ele e setores ultraconservadores da Igreja Católica nos EUA. Francisco nomeou o cardeal Robert McElroy, defensor dos imigrantes, como arcebispo de Washington, enquanto Trump indicou Brian Burch, um católico ultraconservador, como embaixador no Vaticano. O Papa concluiu sua mensagem ressaltando que a verdadeira regra de direito é verificada pelo tratamento digno que todos merecem, especialmente os mais marginalizados.
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