Política

Trump oferece asilo a africâneres enquanto suspende ajuda à África do Sul

Donald Trump suspendeu o programa de reassentamento de refugiados, alegando fardos. Ele abriu exceção para africâneres, considerando os vítimas de discriminação racial. A medida gerou polêmica, com sindicatos locais negando perseguição a brancos. A África do Sul aprova lei de expropriação de terras para corrigir desigualdades do apartheid. A China se beneficia da deterioração das relações entre EUA e África do Sul.

Trump assina decretos na Casa Branca (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)

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Em uma das primeiras ordens executivas de seu segundo mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu o programa de reassentamento de refugiados, alegando que esses indivíduos representam um fardo para o país. Entretanto, em um decreto recente, ele fez uma exceção ao oferecer asilo a africâneres, sul-africanos de origem europeia, justificando que são “vítimas de discriminação racial injusta”. Essa medida gera controvérsia ao classificar os brancos como um grupo oprimido, enquanto a ajuda à África do Sul foi congelada, impactando programas de combate ao HIV.

A decisão de Trump ocorre em meio à implementação da Lei de Expropriação, sancionada em 2024, que permite a desapropriação de terras sem compensação, visando corrigir desigualdades históricas do apartheid. O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, defende que a lei é um processo legal e não um confisco. Desde o fim do apartheid, apenas 1% dos brancos vive na pobreza, em contraste com 64% dos negros, segundo a Comissão de Direitos Humanos da África do Sul.

Trump, aconselhado pelo bilionário Elon Musk, alega que “coisas terríveis estão acontecendo na África do Sul”, sem apresentar evidências concretas. Musk, que critica o governo sul-africano por ser antibranco, afirmou que há um genocídio contra fazendeiros brancos. Contudo, a oferta de reassentamento foi rejeitada por dois sindicatos que representam minorias brancas, que afirmaram que seus membros preferem permanecer no país.

O governo da África do Sul refuta as alegações de perseguição e expressa preocupação com a desinformação gerada pela ordem executiva de Trump. Além disso, o secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou que não participará da reunião do G20 em Johannesburgo, citando o antiamericanismo no país. Enquanto isso, a China observa com interesse a deterioração das relações entre os EUA e a África do Sul, preparando-se para a cúpula que se aproxima.

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