12 de fev 2025
Controvérsia sobre voos de espionagem dos EUA no México gera preocupações sobre soberania
A administração de Claudia Sheinbaum confirmou missões de reconhecimento dos EUA. Operações levantam suspeitas de espionagem ligadas a acordos entre Trump e Sheinbaum. O secretário de Defesa, Ricardo Trevilla, não descarta coleta de inteligência. Aumento das missões pode indicar maior envolvimento militar dos EUA na guerra às drogas. Conversas entre Trump e Sheinbaum em março podem definir tarifas sobre produtos mexicanos.
"Um avião da Marinha dos EUA sobrevoa a fronteira entre os EUA e o México, na sexta-feira, 31 de janeiro de 2025, perto de San Diego. (Foto: Jae C. Hong/AP)"
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A recente atividade de aeronaves militares dos Estados Unidos perto do espaço aéreo mexicano gerou controvérsia, especialmente em relação à guerra de Donald Trump contra os cartéis de drogas. O governo mexicano, liderado por Claudia Sheinbaum, confirmou que o Pentágono realizou pelo menos duas missões de reconhecimento em janeiro e fevereiro de 2024. As rotas de voo levantaram suspeitas, levando o secretário de Defesa, Ricardo Trevilla, a afirmar que não se pode descartar a possibilidade de espionagem, embora os voos tenham ocorrido em espaço aéreo internacional.
Inicialmente, a Secretaria de Defesa Nacional (Sedena) negou qualquer atividade de espionagem, mas agora adotou uma postura mais cautelosa, sem descartar a coleta de informações. O voo de 3 de fevereiro foi detectado a 83 quilômetros de Cabo San Lucas, enquanto o de 31 de janeiro não havia sido divulgado anteriormente. Trevilla destacou que os aviões estavam em conformidade com as normas internacionais, mas a discrepância entre os dados reportados pela Sedena e informações da CNN, que indicam pelo menos 18 missões, levanta questões sobre a transparência das operações.
A controvérsia também se concentra no tipo de aeronave utilizada, um RC-135 Rivet Joint, especializado em interceptação de comunicações. Este voo ocorreu logo após um acordo entre Sheinbaum e Trump para adiar tarifas sobre produtos mexicanos, com o México concordando em enviar tropas para a fronteira. Embora essa relação não tenha sido oficialmente reconhecida, a frequência aumentada das missões sugere um papel mais ativo das forças militares dos EUA na luta contra as drogas.
Trevilla reafirmou que a cooperação em segurança entre os dois países não foi afetada e descreveu conversas com autoridades militares dos EUA como cordiais. Ele também mencionou uma reunião programada entre comandantes militares de ambos os países em El Paso, Texas. A expectativa é que Trump e Sheinbaum se reúnam na primeira semana de março para discutir a continuidade da pausa nas tarifas sobre produtos mexicanos.
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