12 de fev 2025
Cristãos são novamente detidos no Irã após libertação temporária
Nasser Navard Gol Tapeh e Joseph Shahbazian foram presos novamente em 6 de fevereiro. Ambos enfrentam acusações de "ações contra a segurança nacional" por sua fé. Gol Tapeh, 63 anos, e Shahbazian, 60 anos, já haviam sido libertados anteriormente. Relatório da ONU pede fim da criminalização de igrejas domésticas no Irã. O Irã ocupa a nona posição na Lista Mundial da Perseguição em 2025.
Foto: Reprodução
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Dois cristãos, Nasser Navard Gol-Tapeh e Joseph Shahbazian, foram novamente presos no Irã em 6 de fevereiro, conforme reportado pelo Artigo 18. Ambos foram detidos em suas residências por agentes de inteligência e levados de volta à Prisão de Evin, em Teerã, junto com outros cristãos. Gol-Tapeh, de 63 anos, havia sido libertado em outubro de 2022 após cumprir quase cinco anos de uma sentença de dez anos por "ações contra a segurança nacional" relacionadas à sua participação em uma igreja doméstica. Ele está em protesto, recusando-se a comer, enquanto outros cristãos também permanecem sob custódia.
Shahbazian, um iraniano-armênio de 60 anos, foi libertado em setembro de 2023 após passar pouco mais de um ano na prisão por acusações semelhantes. Apesar da legalidade das igrejas armênias no Irã, o Artigo 18 afirma que a prisão de ambos demonstra a insegurança dos cristãos no país. O grupo de defesa ressalta que qualquer cristão considerado "não alinhado" com os objetivos da República Islâmica pode ser alvo de prisão sob acusações de "segurança".
Um relatório apresentado nas Nações Unidas em Genebra pediu que as autoridades iranianas cessem a criminalização das igrejas domésticas e esclareçam onde os cristãos de língua persa podem adorar livremente. O documento também solicitou a retirada de acusações contra cristãos relacionadas a atividades que a Suprema Corte iraniana já considerou legais. Os motivos das novas prisões de Gol-Tapeh e Shahbazian ainda não foram esclarecidos.
Durante sua detenção anterior, Gol-Tapeh havia solicitado repetidamente um novo julgamento e questionado a legalidade de sua prisão. Sua libertação ocorreu após um incêndio na prisão que resultou em mortes. Shahbazian, inicialmente condenado a dez anos por cultos em casa, teve sua pena reduzida para dois anos, mas enfrentou dificuldades médicas e optou por não solicitar liberdade condicional para não renunciar a suas atividades religiosas. O fechamento de igrejas persas levou ao aumento de cultos domésticos, que são considerados ilegais pelas autoridades iranianas. Em 2025, o Irã foi classificado como o nono país mais difícil para cristãos, embora a igreja continue a crescer no país.
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