EUA e Irã discutem programa nuclear, mas direitos humanos permanecem ignorados

EUA são pressionados a incluir direitos humanos em negociações com Irã

Washington é criticado por não abordar questões de direitos humanos nas negociações com o Irã sobre o programa nuclear. Apesar de acordos internacionais, cristãos e outras minorias religiosas enfrentam ameaças constantes no país, incluindo prisão e execução.

O caso do pastor Joseph Shahbazian, impedido de comparecer ao funeral da mãe, ganhou destaque. A Christian Solidarity Worldwide (CSW) denunciou a omissão de preocupações com direitos humanos nas discussões entre os países.

Há relatos de que a esposa do pastor Shahbazian também foi presa, após não comparecer ao funeral. A CSW pede que os EUA incluam o tema dos direitos humanos nas próximas rodadas de negociação com o Irã.

Direitos humanos são ignorados em diálogos

Khataza Gondwe, diretor de advocacia da CSW, afirmou que a falta de atenção aos direitos humanos é um padrão preocupante. A organização insta o governo americano a pressionar o Irã a cumprir seus compromissos internacionais.

O Irã também é criticado por outras violações de direitos humanos. A ONU prorrogou o mandato do seu Relator Especial para o país, devido às constantes denúncias.

Execuções e perseguição religiosa

No ano passado, um dissidente político foi executado após ser sequestrado em outro país. A CSW também relatou a execução de nove prisioneiros políticos curdos. A liberdade religiosa é constantemente desrespeitada no Irã, conforme apontam organizações de direitos humanos.