12 de fev 2025
Kremlin reafirma: Rússia não aceitará troca de territórios com a Ucrânia
O Kremlin rejeitou a proposta de Zelensky de troca de territórios, considerando a absurda. A Ucrânia controla cerca de 450 quilômetros quadrados na região de Kursk, invadida em agosto de 2024. Dmitry Medvedev afirmou que a Rússia pode alcançar a paz pela força, reforçando a postura agressiva. Zelensky busca usar a vitória em Kursk como barganha em negociações de paz com a Rússia. A guerra, iniciada em fevereiro de 2022, resultou na ocupação de 20% da Ucrânia pela Rússia.
Volodymyr Zelensky mostra mapa com recursos minerais da Ucrânia a jornalista da Reuters (Foto: REUTERS/Valentyn Ogirenko)
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O Kremlin declarou nesta quarta-feira, 12 de fevereiro de 2024, que a Rússia não aceitará uma troca de territórios ucranianos ocupados por áreas da região de Kursk, na Rússia, controladas por tropas ucranianas. A afirmação do porta-voz Dmitry Peskov surge em resposta ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que sugeriu ao jornal britânico "The Guardian" a possibilidade de uma troca direta de territórios como parte de um acordo de paz.
O vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, classificou a proposta de Zelensky como "absurda" e reiterou que a Rússia demonstrou sua capacidade de alcançar "a paz através da força". A região de Kursk foi invadida por tropas ucranianas em uma contra-ofensiva em agosto de 2024, e desde então, os russos têm tentado reverter essa presença.
Atualmente, a Rússia controla cerca de 20% da Ucrânia, o que equivale a mais de 112 mil quilômetros quadrados, enquanto as tropas ucranianas mantêm controle sobre aproximadamente 450 quilômetros quadrados em Kursk. Zelensky busca utilizar essa pequena vitória como uma ferramenta de negociação, embora a troca proposta não seja suficiente para resolver o conflito, que se intensificou desde fevereiro de 2022.
A invasão da região de Kursk, ocorrida em agosto de 2024, foi a primeira vez que a Ucrânia reconheceu formalmente um ataque ao território russo. A operação, considerada uma das mais audaciosas do conflito, envolveu cerca de 1.000 soldados ucranianos que cruzaram a fronteira russa, apoiados por tanques, veículos blindados, drones e artilharia, visando a cidade de Sudzha, um ponto estratégico para o gás natural russo. Essa ação forçou o presidente Vladimir Putin a reavaliar rapidamente seus planos de guerra.
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