13 de fev 2025
Cidades americanas se destacam na luta contra o clima após saída de Trump do Acordo de Paris
Trump, ao assumir a presidência, retirou os EUA do Acordo de Paris novamente. Michael R. Bloomberg anunciou financiamento da CMNUCC para compensar a saída. Cidades americanas lideram ações climáticas, mesmo sem apoio federal. Estudo indica que ações locais podem reduzir emissões em até 62% até 2035. Ações climáticas urbanas são essenciais, especialmente no contexto do Sul Global.
"O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segura uma ordem executiva assinada na Casa Branca em Washington, Estados Unidos, em 31 de janeiro de 2025. (Foto: Carlos Barria/REUTERS)"
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No dia 20 de janeiro de 2025, Donald Trump assumiu como o 47º presidente dos Estados Unidos e imediatamente começou a assinar ordens executivas, incluindo a retirada do país do Acordo de Paris. Essa decisão, que impacta negativamente os esforços globais de combate às mudanças climáticas, gerou preocupações sobre a ação climática interna. Apesar de sua postura contrária, a experiência anterior de Trump mostrou que as cidades americanas podem agir independentemente, mantendo compromissos climáticos locais.
As cidades, que representam apenas 3% da superfície terrestre, são responsáveis por cerca de 70% das emissões de gases de efeito estufa. Essa realidade as torna essenciais tanto para o problema quanto para a solução das mudanças climáticas. Com maior flexibilidade em implementar políticas locais, as cidades podem inovar e experimentar soluções sustentáveis, especialmente em um futuro onde 68% da população global viverá em áreas urbanas até 2050.
Durante o primeiro mandato de Trump, várias cidades, incluindo Nova York e Los Angeles, se uniram em iniciativas como We Are Still In, desafiando as políticas federais e promovendo suas próprias ações climáticas. Essa resistência permitiu que os Estados Unidos se reintegrassem rapidamente ao Acordo de Paris em 2021, sob a presidência de Joe Biden, que restaurou políticas ambientais.
Recentemente, após a assinatura das ordens executivas por Trump, Michael R. Bloomberg anunciou que sua fundação manteria a financiamento da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CMNUCC), compensando a ausência do governo federal. Um estudo da Universidade de Maryland sugere que a liderança climática de atores não federais pode resultar em uma redução de 54% a 62% nas emissões até 2035, destacando a importância do apoio governamental para as cidades enfrentarem os desafios climáticos, especialmente no Sul Global.
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