Política

Seul denuncia demolição de centro de reuniões de famílias separadas pela Coreia do Norte

O governo sul coreano denunciou a demolição do Centro de Reuniões no Monte Kumgang. Mais de 133.600 pessoas se registraram como "famílias separadas" na Coreia do Sul. A demolição é vista como um ato desumano, ignorando os desejos dessas famílias. Relações entre as Coreias estão em um dos piores momentos devido a tensões políticas. Pyongyang intensificou sua retórica hostil, designando Seul como "estado hostil".

A norte-coreana Pak Young Hee (D), 85, chora ao se despedir da irmã sul-coreana, Park Yoo-hee, 83, na última reunião de famílias que ocorreu no Monte Kumgang, Coreia do Norte. (Foto: KOREA POOL / AFP)

A norte-coreana Pak Young Hee (D), 85, chora ao se despedir da irmã sul-coreana, Park Yoo-hee, 83, na última reunião de famílias que ocorreu no Monte Kumgang, Coreia do Norte. (Foto: KOREA POOL / AFP)

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O governo sul-coreano anunciou nesta quinta-feira que a Coreia do Norte está demolindo o Centro de Reuniões do Monte Kumgang, utilizado para encontros de famílias separadas pela guerra. Essa ação ocorre em um contexto de tensões crescentes entre as duas Coreias, que permanecem tecnicamente em guerra desde a década de 1950. A divisão da península coreana, resultante da ocupação japonesa e da Guerra Fria, deixou centenas de milhares de famílias separadas, com mais de 133.600 pessoas registradas como "famílias separadas" na Coreia do Sul desde 1988, das quais cerca de 36 mil ainda estão vivas.

O Ministério da Unificação da Coreia do Sul qualificou a demolição como um "ato desumano", que ignora os desejos das famílias afetadas. O ministério exigiu a interrupção imediata das obras e considerou a possibilidade de ações legais e uma resposta conjunta com a comunidade internacional. As relações intercoreanas estão em um dos piores momentos, exacerbadas pelo avanço do programa nuclear norte-coreano e pela crescente aliança entre Seul e Washington.

Nos últimos anos, a retórica de Pyongyang contra o Sul se intensificou, com o país designando a Coreia do Sul como um "estado hostil". Em 2022, a Coreia do Norte destruiu trechos de estradas e ferrovias intercoreanas, levando a um aumento das tensões. Em 2023, o país cancelou um acordo militar de 2018 que visava reduzir o risco de conflitos acidentais, levando a Coreia do Sul a tomar medidas semelhantes.

Apesar das tensões, surgiram indícios de que a Coreia do Norte pode estar se preparando para reabrir suas fronteiras ao turismo, após mais de cinco anos de fechamento devido à pandemia de Covid-19. A Koryo Tours, com sede em Pequim, anunciou que os tours para a Coreia do Norte estão oficialmente de volta, com alguns funcionários autorizados a entrar na área de Rason, o que pode sinalizar um relançamento do turismo no país.

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