Política

Brasil busca coordenação internacional para enfrentar tarifas de Trump

O Brasil considera recorrer à OMC contra tarifas de Trump, mas a organização está paralisada. Celso Amorim sugere coordenação com outros países para enfrentar as sobretaxas. A OMC, criticada por Trump, pode não ser eficaz em resolver disputas comerciais. Especialistas recomendam diálogo com os EUA em vez de confrontos diretos. A crise na OMC indica a necessidade de novas plataformas para resolução de disputas.

Celso Amorim, assessor internacional da Presidência da República (Foto: Cristiano Mariz)

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O assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, declarou que o Brasil pode se unir a outros países para enfrentar as sobretaxas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em seu início de mandato, Trump anunciou uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio importados, além de aplicar tarifas equivalentes a produtos que possuem alíquotas superiores às americanas. Amorim destacou a possibilidade de coordenação com nações afetadas, afirmando que o governo buscará uma solução através de negociações, já que a Organização Mundial do Comércio (OMC), que poderia intervir, está paralisada.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também comentou sobre a situação, afirmando que o Brasil poderá recorrer à OMC caso as tarifas sejam implementadas. No entanto, especialistas como o economista Euzébio de Sousa alertam que a OMC tem sido desmantelada por Trump, o que dificulta sua eficácia em disputas comerciais. A retórica de "America First" reflete a nova postura dos EUA, que prioriza interesses internos e vê o comércio internacional como uma ameaça.

Desde a entrada da China na OMC em 2001, as tensões entre os EUA e a organização aumentaram, especialmente após decisões que favoreceram Pequim. Durante seu primeiro mandato, Trump bloqueou a nomeação de juízes para a OMC, resultando na paralisia do órgão de apelação, que é crucial para a resolução de conflitos comerciais. Essa situação levou a uma crise na OMC, fazendo com que especialistas recomendassem ao Brasil explorar novas plataformas de resolução de disputas, como acordos regionais.

Embora Lula possa buscar apoio na OMC, a vitória nesse cenário seria mais simbólica do que prática, dada a fragilidade da instituição. A recomendação é que o Brasil mantenha um diálogo pragmático com os EUA, evitando transformar a questão tarifária em um embate político que possa prejudicar o país. A diplomacia brasileira deve focar em manter canais abertos e buscar soluções que não comprometam suas relações comerciais.

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