Política

Lula promete reação ao tarifaço de Trump e defende diálogo com os Estados Unidos

Lula promete "reagir" à taxação de aço dos EUA, podendo retaliar com tarifas. O presidente brasileiro considera recorrer à OMC, mas especialistas alertam. A OMC, enfraquecida por Trump, pode não ser eficaz na disputa comercial. Lula defende relações comerciais igualitárias, com superávit entre os países. A diplomacia pragmática é recomendada para evitar conflitos desnecessários.

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o Brasil pode "reagir" à taxação do aço imposta pelos Estados Unidos, liderados por Donald Trump. Durante uma entrevista à Rádio Clube do Pará, Lula afirmou que, caso as tarifas sejam implementadas, o Brasil poderá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) ou até mesmo taxar produtos americanos. Ele destacou que o Brasil mantém uma relação comercial "muito igualitária" com os EUA, com exportações de US$ 40,3 bilhões e importações de US$ 40,6 bilhões no último ano.

Lula criticou a postura protecionista de Trump, que já impôs uma tarifa de 25% sobre o aço e planeja tarifas recíprocas sobre o etanol. O presidente brasileiro enfatizou que o Brasil não busca conflitos, mas que haverá reciprocidade se as medidas forem adotadas. Ele expressou preocupação com a democracia global, afirmando que o discurso atual dos EUA não reflete mais seu papel histórico como defensor da democracia.

A OMC, segundo especialistas, pode não ser um recurso eficaz para o Brasil, dado o histórico de hostilidade de Trump em relação à organização. O economista Euzébio de Sousa destacou que a OMC tem sido "dinamitada" pelo trumpismo, tornando improvável que ajude o Brasil em disputas comerciais. A estratégia de Trump de bloquear a nomeação de juízes na OMC resultou na paralisia do órgão, limitando sua capacidade de resolver conflitos.

Diante desse cenário, analistas sugerem que o Brasil busque alternativas, como acordos regionais ou arbitragem direta, para resolver disputas comerciais. Alexandre Coelho, professor de relações internacionais, recomenda que a diplomacia brasileira mantenha um enfoque pragmático e busque diálogo bilateral com os EUA, evitando transformar a questão tarifária em um conflito que possa prejudicar o Brasil.

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