14 de fev 2025
Brasil e Israel enfrentam impasse na normalização das relações diplomáticas
O embaixador Frederico Meyer não retornou a Israel, gerando impasse diplomático. Autoridades israelenses pedem novo embaixador, mas Brasil hesita por Gaza. Lula considera desproporcional a visita do chanceler israelense ao Holocausto. Israel planeja mudar seu embaixador em Brasília, dependendo da situação em Gaza. Tensão entre Brasil e Israel persiste, com Lula criticando Netanyahu e Trump.
Presidente Lula (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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Autoridades israelenses afirmam que é necessário que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva envie um novo embaixador ao país. O embaixador Frederico Meyer foi chamado para consultas há um ano e, desde então, não retornou a Israel, onde sua função permanece vaga. Fontes diplomáticas brasileiras consideram a atuação do ex-chanceler israelense Israel Katz, atual ministro da Defesa, como "desproporcional e fora de padrão", especialmente após declarações de Lula que compararam ações israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto.
Enquanto isso, a embaixada brasileira em Tel Aviv opera sob a liderança de um encarregado de negócios. Fontes do governo brasileiro indicam que não há interesse em normalizar as relações até que a situação em Gaza melhore. O Brasil está monitorando o frágil acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel, com uma fonte afirmando que, embora os primeiros passos sejam positivos, é necessário observar a continuidade desse progresso.
Em Israel, há um desejo de superar as tensões geradas pelas declarações de Lula, e o governo israelense considera a possibilidade de trocar seu embaixador em Brasília. No entanto, essa mudança dependerá do envio de um novo embaixador brasileiro. As autoridades israelenses expressam descontentamento com a percepção de que o Brasil ignora o sofrimento israelense, mas reconhecem a importância de normalizar as relações, considerando o Brasil um "país grande e amigo".
A expectativa de Israel por um novo embaixador brasileiro não será atendida enquanto a violência em Gaza e na Cisjordânia persistir. Fontes brasileiras destacam que a questão não é com Israel, mas com o governo de Benjamin Netanyahu. A retirada do embaixador foi uma resposta às tensões políticas em Israel, onde Netanyahu enfrenta desafios significativos. Analistas israelenses acreditam que, apesar das dificuldades, o primeiro-ministro poderá evitar uma crise em seu governo até 2025, mas a normalização das relações com o Brasil permanecerá estagnada enquanto o conflito em Gaza não tiver solução.
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