Política

China expande influência no Ártico com apoio da Rússia em meio a tensões geopolíticas

O Ártico se torna foco de competição comercial por reservas de energia e rotas. China e Rússia realizam patrulha conjunta, intensificando a presença militar na região. Adesão da Suécia e Finlândia à Otan aumenta tensões geopolíticas no Ártico. Rússia e China divergem em interesses: segurança para Moscou, economia para Pequim. Estima se que o Ártico tenha 90 bilhões de barris de petróleo não explorados.

Foto aérea mostra um quebra-gelo na ilha Axel Heiberg, no Ártico canadense (Foto: Michael Runkel/Robert Harding via AFP)

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A temperatura no Ártico está aumentando, refletindo não apenas as mudanças climáticas, mas também um crescente interesse comercial na região, que abriga vastas reservas de energia e rotas marítimas encurtadas. A Rússia e a China têm se aproximado, com Pequim se autodenominando uma nação "quase ártica". Essa parceria se intensificou com a diminuição do gelo, levando a um aumento das tensões geopolíticas. Historicamente, a Rússia foi cautelosa em relação à influência chinesa, mas agora, com as sanções ocidentais, a colaboração se expandiu, incluindo investimentos chineses em projetos de energia na Rússia.

Recentemente, a Guarda Costeira da China e a Guarda de Fronteira da Rússia realizaram uma patrulha conjunta no Ártico, um marco que foi monitorado pela Guarda Costeira dos EUA. Além disso, bombardeiros russos e chineses voaram juntos perto do Alasca, provocando a interceptação por caças norte-americanos e canadenses. Em resposta, os países nórdicos conduziram exercícios de defesa com mais de 20 mil soldados da OTAN, enquanto EUA, Canadá e Finlândia firmaram um acordo para aumentar a produção de navios quebra-gelo, essenciais para a navegação na região.

A dinâmica no Ártico mudou após a invasão da Ucrânia, com a adesão da Suécia e Finlândia à OTAN, resultando em sete dos oito países árticos sendo membros da aliança. O Departamento de Defesa dos EUA considera a cooperação com aliados no Ártico essencial para contrabalançar a presença russa e chinesa. Contudo, as prioridades de defesa variam entre os membros da aliança, dificultando uma resposta unificada. A Rússia possui a maior frota de quebra-gelos, enquanto a China planeja expandir sua capacidade, incluindo navios nucleares.

Embora a parceria entre Rússia e China seja vantajosa, especialistas alertam que ela pode ser instável devido a interesses divergentes. Para a Rússia, o Ártico é uma questão de segurança, enquanto para a China representa uma oportunidade econômica. Com reservas estimadas em 90 bilhões de barris de petróleo e 30% do gás natural não descoberto, o Ártico se tornou um foco de atenção global. A crescente notoriedade da região levanta preocupações sobre a segurança e o controle, com países de fora do Ártico também demonstrando interesse, o que pode alterar a dinâmica de poder na área.

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