18 de fev 2025
Ucrânia busca adesão à Otan enquanto negociações de paz com a Rússia avançam
A Conferência de Segurança de Munique (MSC) focou na guerra da Ucrânia e negociações. Zelensky apresentou um 'plano para a vitória', incluindo adesão à Otan. O secretário de Defesa dos EUA, Hegseth, minimizou chances de adesão imediata. O vice presidente dos EUA, Vance, indicou que envio de tropas ainda é possível. Rússia controla partes significativas da Ucrânia, complicando acordos de paz.
Será que o telefonema entre Trump e Putin é suficiente para iniciar as negociações de paz? (Foto: EPA via BBC)
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A Conferência de Segurança de Munique (MSC) destacou o futuro da Ucrânia, especialmente após um telefonema entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que resultou em um acordo para iniciar negociações de paz. Trump descreveu a conversa como "ótima", expressando otimismo sobre a possibilidade de encerrar a "guerra horrível e muito sangrenta". O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, enfatizou que a Ucrânia não deve ser excluída das discussões de paz, enquanto líderes europeus, como o presidente francês Emmanuel Macron, alertaram sobre os riscos de um acordo que beneficiasse a Rússia.
Atualmente, a Rússia controla cerca de 20% do território ucraniano, após a anexação da Crimeia em 2014 e o apoio a separatistas nas regiões de Donetsk e Luhansk. O conflito se intensificou com a invasão em larga escala da Rússia, que, apesar de falhar em tomar Kiev, expandiu seu controle no leste. Zelensky reafirmou que a Ucrânia nunca reconhecerá os territórios ocupados como parte da Rússia, enquanto o Kremlin busca reconhecimento das regiões anexadas, mesmo sem controle total.
Zelensky sugeriu a troca de territórios como parte de um acordo de paz, mas essa ideia foi rapidamente rejeitada pelo Kremlin. O novo secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, considerou irrealista o retorno às fronteiras de 2014, afirmando que isso prolongaria a guerra. A Ucrânia busca adesão à OTAN como forma de garantir segurança, mas a Rússia se opõe a essa possibilidade, temendo a aproximação das forças da aliança.
Em outubro de 2024, Zelensky apresentou um 'plano para a vitória', que inclui a adesão à OTAN e proteção conjunta dos EUA e da União Europeia. Apesar das garantias de segurança, Hegseth descartou o envio de tropas dos EUA à Ucrânia, embora o vice-presidente J.D. Vance tenha indicado que essa opção ainda poderia ser considerada. Além disso, há discussões sobre a possibilidade de os EUA fornecerem defesa aérea a uma força de paz na Ucrânia em troca de acesso a recursos minerais.
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