Política

União Europeia se mostra aberta a dialogar com Trump sobre tarifas recíprocas

Maros Sefcovic, comissário europeu do Comércio, propõe negociar tarifas recíprocas. A UE busca reduzir tarifas de importação e aumentar compras de produtos americanos. Sefcovic refutou críticas de Trump sobre injustiças nas relações comerciais. Ele pediu adiamento das tarifas americanas para evitar escalada nas tensões. Bruxelas e Washington compartilham preocupações sobre práticas comerciais da China.

Comércio entre Europa e EUA está em risco com novo governo Trump (Foto: Pixabay)

Comércio entre Europa e EUA está em risco com novo governo Trump (Foto: Pixabay)

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O comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, declarou nesta quinta-feira (20) que a União Europeia (UE) está disposta a colaborar com o governo de Donald Trump em relação às tarifas recíprocas que o presidente americano anunciou. Sefcovic enfatizou que, caso essas tarifas sejam implementadas, elas devem ser justas para ambas as partes. Enquanto Washington planeja aplicar essas taxas, a UE busca avançar em negociações para reduzir tarifas sobre bens industriais e aumentar as compras de produtos dos Estados Unidos.

Após uma reunião de quatro horas com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e o indicado ao cargo de Representante Comercial, Jamieson Greer, Sefcovic pediu um adiamento na imposição das tarifas americanas para evitar uma escalada nas tensões comerciais. Ele refutou a afirmação de Trump sobre a injustiça nas relações comerciais bilaterais e destacou que a reciprocidade deve ser uma via de mão dupla.

Sefcovic também comentou sobre as tarifas mais altas que a UE aplica a veículos pessoais, observando que os Estados Unidos protegem outros setores, como o de caminhonetes. Ele reiterou a necessidade de um diálogo construtivo para evitar danos desnecessários decorrentes de medidas protecionistas. Em um evento no American Enterprise Institute, o comissário expressou que não vê justificativa para aumentos unilaterais de tarifas, mas alertou que a UE responderá de forma firme se necessário.

Por fim, Sefcovic mencionou que tanto Bruxelas quanto Washington enfrentam desafios comuns, como o excesso de capacidade global causado por práticas comerciais desleais, especialmente em relação à China. Ele se mostrou otimista quanto à possibilidade de dissipar as preocupações dos Estados Unidos sobre o déficit comercial bilateral, buscando um entendimento que beneficie ambas as partes.

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