Política

Milícia curda declara cessar-fogo após apelo de líder para encerrar insurgência de cinco décadas com a Turquia

O PKK declarou cessar fogo após apelo de Abdullah Ocalan para paz. O conflito com a Turquia, que dura quase cinco décadas, causou 40 mil mortes. Ocalan, preso desde 1999, pediu dissolução do PKK e reestruturação das relações. A declaração do PKK pode sinalizar fim do conflito e impactar a região do Oriente Médio. Apoio do partido pro kurdo DEM pode ser crucial para mudanças políticas na Turquia.

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O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) anunciou um cessar-fogo imediato no último sábado, dois dias após seu líder preso, Abdullah Ocalan, pedir aos combatentes que depusessem as armas e dissolvessem o grupo. Se aceito pela Turquia, esse movimento pode encerrar um conflito que já resultou na morte de pelo menos 40 mil pessoas e afetou países vizinhos. Em uma declaração, o Comitê Executivo do PKK afirmou: “Concordamos com o conteúdo do apelo do Líder Ocalan e declaramos um cessar-fogo a partir de hoje”.

Ocalan, que está preso desde 1999, fez um apelo histórico na quinta-feira, enfatizando a necessidade de que todos os grupos depusessem as armas e que o PKK se dissolvesse. Ele destacou que a relação entre turcos e curdos, rompida nos últimos duzentos anos, precisa ser reestruturada. O apelo foi lido por parlamentares turcos e é visto como um ponto de virada significativo para a paz na região.

Nos últimos meses, a possibilidade de paz entre curdos e turcos ganhou força após uma proposta do deputado de extrema direita Devlet Bahceli, aliado do presidente Recep Tayyip Erdogan, que convidou Ocalan a declarar no parlamento que havia deposto as armas. A relação entre os curdos e Erdogan é complexa; ele já buscou apoio curdo em seu início de governo, mas a relação se deteriorou ao longo dos anos.

O cessar-fogo ocorre em um momento em que Erdogan busca apoio do terceiro maior partido no parlamento, o pro-curdo DEM, cujos parlamentares atuaram como intermediários entre Ocalan e o governo. A situação política na Turquia é tensa, com Erdogan mirando uma mudança constitucional que lhe permita concorrer a um terceiro mandato nas eleições de 2028.

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