Política

Síria fecha acordo histórico com autoridades curdas para controle do nordeste

Acordo entre governo interino e forças curdas prevê cessar fogo e integração militar. Direitos constitucionais dos curdos incluem uso da língua e retorno a lares. Controle de fronteiras, aeroportos e campos de petróleo será centralizado. Conflitos recentes resultaram em mais de mil mortes, incluindo civis. Comunidade internacional observa com preocupação, pedindo responsabilização.

Nesta foto divulgada pela agência de notícias estatal síria SANA, o presidente interino da Síria, Ahmad al-Sharaa, à direita, e Mazloum Abdi, o comandante das Forças Democráticas Sírias lideradas pelos curdos e apoiadas pelos EUA, assinam um acordo em Damasco, Síria, na segunda-feira, 10 de março de 2025. (Foto: SANA via AP)

Nesta foto divulgada pela agência de notícias estatal síria SANA, o presidente interino da Síria, Ahmad al-Sharaa, à direita, e Mazloum Abdi, o comandante das Forças Democráticas Sírias lideradas pelos curdos e apoiadas pelos EUA, assinam um acordo em Damasco, Síria, na segunda-feira, 10 de março de 2025. (Foto: SANA via AP)

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A governança interina da Síria firmou um acordo nesta segunda-feira com a autoridade liderada pelos curdos que controla o nordeste do país, incluindo um cessar-fogo e a incorporação da principal força apoiada pelos EUA, as Forças Democráticas Sírias, ao exército sírio. O acordo, assinado pelo presidente interino Ahmad al-Sharaa e pelo comandante Mazloum Abdi, representa um avanço significativo para a centralização do controle governamental, que é liderado pelo grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sham.

O pacto, que deve ser implementado até o final do ano, prevê que todos os pontos de fronteira com o Iraque e a Turquia, além de aeroportos e campos de petróleo no nordeste, fiquem sob controle do governo central. Também está previsto que as prisões que abrigam cerca de nove mil suspeitos de pertencer ao grupo Estado Islâmico sejam transferidas para a administração do governo. Os curdos terão garantidos seus "direitos constitucionais", incluindo o uso e o ensino de sua língua, que foram proibidos durante o regime de Assad.

Além disso, o acordo assegura que todos os sírios participarão do processo político, independentemente de religião ou etnia. A nova liderança síria enfrenta desafios para consolidar sua autoridade e estabelecer acordos políticos com outras comunidades minoritárias, como os drusos no sul do país. Na mesma data, o governo sírio anunciou o fim de uma operação militar contra insurgentes leais a Assad, após confrontos significativos na região costeira.

O porta-voz do Ministério da Defesa, Col. Hassan Abdel-Ghani, enviou uma mensagem clara aos remanescentes do regime derrotado, prometendo uma resposta severa a qualquer retorno de seus membros. Apesar de a contraofensiva do governo ter conseguido conter a insurgência, surgiram relatos de ataques retaliatórios contra a comunidade alauíta, resultando em 1.130 mortes, incluindo 830 civis, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. O governo, por sua vez, classificou esses ataques como incidentes isolados e prometeu investigar.

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