05 de mar 2025
China se declara pronta para 'qualquer tipo de guerra' com os Estados Unidos
China se declara pronta para qualquer tipo de guerra contra os EUA, intensificando tensões. Primeiro ministro Li Qiang anuncia aumento de 7,2% no orçamento militar para 2025. Retaliação chinesa inclui tarifas de 10 a 15% sobre produtos agrícolas dos EUA. Críticas à justificativa dos EUA sobre fentanil como pretexto para tarifas comerciais. Aumento das pressões internas na China reflete desafios econômicos e sociais atuais.
O presidente da China, Xi Jinping, em Kazan, na Rússia - 23/10/2024 (Foto: Alexander Nemenov/Pool via Reuters)
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As tensões entre China e Estados Unidos escalaram após a embaixada chinesa declarar que está pronta para enfrentar “qualquer tipo de guerra” em resposta ao aumento das tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump. O comunicado, divulgado na rede social X, reflete a deterioração das relações entre as duas potências econômicas, com a China retaliando com tarifas de 10% a 15% sobre produtos agrícolas americanos. O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, durante a abertura do Congresso Nacional do Povo, anunciou um aumento de 7,2% nos gastos militares para 2025, destacando a determinação do país em não ceder a pressões externas.
A disputa se intensificou após Trump elevar as tarifas sobre todos os produtos chineses, alegando que Pequim prejudica a economia americana. A China, por sua vez, criticou a justificativa dos EUA sobre o fentanil como um pretexto para as novas barreiras comerciais. Além disso, o discurso agressivo de Pequim busca projetar força interna diante de desafios econômicos, como o desaquecimento do consumo e o aumento do desemprego, enquanto tenta atrair novos parceiros comerciais.
Especialistas alertam que a postura mais dura da China pode reforçar a percepção nos EUA de que o país asiático representa uma ameaça econômica e geopolítica crescente. O orçamento militar da China é de US$ 245 bilhões, tornando-se a segunda maior força armada do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Nos últimos anos, a China tem ampliado sua presença militar no Pacífico, realizando exercícios próximos a Taiwan e ameaçando embarcações das Filipinas.
A relação entre os dois países, que inicialmente parecia promissora com a posse de Trump, agora indica que as tensões devem persistir. Com tarifas que podem atingir 33% sobre produtos chineses, a situação se torna cada vez mais complexa. O governo chinês continua a enfatizar que não aceitará pressões ou ameaças, enquanto busca manter sua posição no cenário global.
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