Política

Israel impõe novo bloqueio de ajuda humanitária e ameaça segurança alimentar em Gaza

Israel suspendeu ajuda humanitária a Gaza, alegando controle do Hamas sobre a distribuição. A decisão já provoca aumento nos preços dos alimentos, ameaçando a sobrevivência de muitos. Organizações de ajuda afirmam que Israel viola leis internacionais ao bloquear a assistência. A escassez de alimentos pode levar ao fechamento de padarias e cozinhas comunitárias em breve. A tensão aumenta com ameaças de Israel de cortar eletricidade e água, elevando risco de guerra.

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Em meio às ruínas do campo de refugiados de Jabalya, no norte da Faixa de Gaza, a situação humanitária se agrava. Umm Muhammad, mãe de uma família de 11 pessoas, improvisa uma fogueira com restos de madeira e espuma, enquanto vive em uma tenda cercada por escombros. Com farinha, água e óleo, ela consegue fazer pão, mas questiona por quanto tempo isso será possível. “A ajuda alimentar é o que nos mantém vivos”, afirma, ressaltando a dependência da assistência humanitária.

A crise se intensificou após o governo israelense anunciar, no último domingo, o bloqueio da entrada de alimentos e outros suprimentos em Gaza, como parte de uma estratégia para pressionar o Hamas a liberar reféns. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que a medida visa impedir que o Hamas controle a ajuda humanitária, acusando o grupo de transformar essa assistência em recursos para o terrorismo. O Hamas, por sua vez, refutou essas alegações, chamando-as de “mentiras infundadas”.

Organizações humanitárias, incluindo a ONU, denunciam que o bloqueio de Israel viola o direito internacional e caracteriza o uso da fome como arma de guerra. Durante as primeiras seis semanas do cessar-fogo, cerca de 25 mil caminhões com suprimentos essenciais haviam entrado em Gaza, aliviando temporariamente a insegurança alimentar. No entanto, a decisão de Israel de bloquear a ajuda já está provocando um aumento acentuado nos preços dos alimentos e forçando as organizações a racionar os estoques.

O Programa Mundial de Alimentos alertou que, sem novos suprimentos, padarias e cozinhas comunitárias podem fechar em menos de duas semanas. Além disso, Israel ameaça cortar eletricidade e água se suas exigências não forem atendidas. A possibilidade de um retorno à guerra se torna mais real, especialmente após declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que prometeu fornecer armas a Israel para intensificar a ofensiva em Gaza. Para muitos, a decisão de bloquear a ajuda já representa um novo conflito. “Eles estão nos atacando através da nossa comida”, desabafa Abu Muhammad, refletindo a desolação e a falta de apoio diante da crise.

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