Reino Unido revoga credenciais de diplomata russo após expulsão de oficiais britânicos

O Reino Unido revogou a acreditação de um diplomata russo e de um cônjuge diplomático após a ordem de expulsão de dois oficiais britânicos da Rússia na segunda-feira. O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido anunciou que tomaria "ações recíprocas imediatas" após Moscou acusar um diplomata britânico e o cônjuge de outro diplomata de espionagem. A pasta britânica afirmou que as acusações são fabricadas para justificar a crescente intimidação contra diplomatas do Reino Unido e que a Rússia busca forçar o fechamento da embaixada britânica em Moscou.

A embaixada russa em Londres não respondeu imediatamente ao pedido de comentário. O embaixador russo no Reino Unido, Andrei Kelin, foi convocado por um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores, que deixou claro que o Reino Unido não tolerará a intimidação de funcionários da embaixada britânica e suas famílias. A revogação da acreditação do diplomata russo e do cônjuge foi uma consequência direta dessa situação.

O governo britânico acredita na importância de "manter canais diplomáticos de comunicação" com a Rússia, apesar das relações bilaterais extremamente difíceis, exacerbadas pela invasão ilegal da Ucrânia e por uma longa campanha de ações hostis contra o Reino Unido. Nos últimos doze meses, o Reino Unido denunciou uma "campanha de assédio coordenada e agressiva" por parte da Rússia, que inclui acusações infundadas sobre o trabalho de seus diplomatas.

As expulsões de diplomatas têm se intensificado desde a invasão da Ucrânia em 2022, com sete diplomatas britânicos expulsos da Rússia no último ano, todos acusados de espionagem, o que o Reino Unido nega. Em resposta a essas tensões, o Reino Unido também expulsou diplomatas russos, incluindo um em fevereiro de 2024, e impôs restrições a políticos e jornalistas britânicos, como o primeiro-ministro Sir Keir Starmer, que foi adicionado à lista de proibição de entrada da Rússia em 2022.