Política

China e Rússia defendem programa nuclear do Irã e pedem fim das sanções dos EUA

China e Rússia defendem o Irã, alegando que seu programa nuclear é pacífico. Durante reuniões em Pequim, pediram o fim das sanções dos EUA, consideradas ilegais. Trump anunciou novas sanções, mas se mostrou aberto ao diálogo com Teerã. A tensão aumentou após reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o Irã. A economia iraniana sofre com sanções, levando a um descontentamento público crescente.

Vice-ministros das Relações Exteriores da Rússia, China e Irã, Sergei Ryabkov, Ma Zhaoxu e Kazem Gharibabadi, respectivamente e da esquerda para a direita, em reunião sobre o programa nuclear iraniano em Pequim em 14 de março de 2025. (Foto: Lintao Zhang/Pool via AP)

Vice-ministros das Relações Exteriores da Rússia, China e Irã, Sergei Ryabkov, Ma Zhaoxu e Kazem Gharibabadi, respectivamente e da esquerda para a direita, em reunião sobre o programa nuclear iraniano em Pequim em 14 de março de 2025. (Foto: Lintao Zhang/Pool via AP)

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China e Rússia manifestaram apoio ao Irã nesta sexta-feira (14), defendendo o programa nuclear do país após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitar novas negociações. Diplomatas dos dois países pediram o fim das sanções dos EUA, classificadas como "ilegais", e afirmaram que o diálogo deve ocorrer com base no "respeito mútuo". Em um comunicado conjunto, destacaram a reafirmação do Irã de que seu programa nuclear é para fins pacíficos e que seu direito ao uso da energia nuclear deve ser "totalmente" respeitado.

As discussões em Pequim ocorreram em um contexto de crescente tensão, após Trump ter enviado uma carta ao líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, propondo negociações para encerrar o programa nuclear. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, respondeu que não negociaria sob ameaças e que o Irã não se submeteria a "ordens" de Washington. Em 2015, o Irã havia concordado em limitar seu programa nuclear em troca do fim das sanções, mas Trump retirou os EUA do acordo em 2018, reinstaurando as restrições.

Durante a reunião, o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, afirmou que a situação "alcançou novamente um momento crítico" e destacou que as sanções unilaterais apenas exacerbarão os conflitos. O representante iraniano elogiou a "reunião muito construtiva e positiva" e os três países reafirmaram a necessidade de acabar com as sanções. O Kremlin reiterou a importância dos "esforços diplomáticos" para um entendimento e defendeu o direito do Irã de desenvolver um programa nuclear civil.

A desconfiança ocidental sobre o programa nuclear iraniano persiste, com alegações de que o país busca desenvolver armas nucleares, o que o Irã nega, afirmando que seu foco é civil. Desde a retirada dos EUA do acordo, o Irã tem avançado em seu programa nuclear, enriquecendo urânio e desrespeitando compromissos anteriores. Trump, que voltou a se mostrar aberto ao diálogo, advertiu sobre possíveis ações militares caso o Irã não aceite negociar, uma abordagem que foi criticada por Khamenei como "imprudente".

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