Política

Putin elogia Lula e Brics por esforços em busca de paz na guerra da Ucrânia

Vladimir Putin agradeceu a Lula e líderes do BRICS por esforços pela paz na Ucrânia. Ele apoiou proposta de cessar fogo de 30 dias dos EUA, mas com questões pendentes. Putin levantou dúvidas sobre monitoramento e eficácia do cessar fogo em Kursk. Donald Trump também se envolveu, discutindo concessões territoriais à Rússia. A Ucrânia aceitou a proposta, mas a Rússia ainda precisa formalizar sua adesão.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, agradeceu ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva pelos “esforços pela paz” na guerra da Ucrânia, que se arrasta desde fevereiro de 2022. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa em Moscou, onde Putin também reconheceu o papel de outros líderes do BRICS, como os presidentes da China, Índia e África do Sul. Ele destacou que todos buscam uma “missão nobre” ao se envolverem nas discussões para o fim do conflito.

Putin manifestou apoio à proposta de cessar-fogo de 30 dias negociada pelos Estados Unidos, embora tenha ressaltado a necessidade de resolver questões pendentes sobre os termos do acordo. Ele questionou como um cessar-fogo poderia ser monitorado ao longo de uma extensa fronteira de 2.000 quilômetros entre a Rússia e a Ucrânia, além de levantar preocupações sobre a situação em Kursk, uma região sob controle ucraniano que deseja “libertar completamente”.

O presidente dos EUA, Donald Trump, também foi mencionado por Putin, que elogiou sua atenção à resolução da crise. Trump, por sua vez, afirmou que está discutindo com a Ucrânia a possibilidade de concessão de territórios à Rússia e considerou a declaração de Putin promissora, mas incompleta. Ele enfatizou que um cessar-fogo deve ser alcançado e que está disposto a pressionar a Rússia para aceitar a proposta.

A Ucrânia, que já aceitou a proposta de cessar-fogo, vê a trégua como uma oportunidade para negociar um acordo de paz mais duradouro. No entanto, oficiais russos indicaram que um cessar-fogo sem garantias concretas seria difícil de aceitar. A situação em Kursk é crítica, com tropas ucranianas realizando uma contra-ofensiva desde agosto de 2024, enquanto a Rússia busca retomar o controle da região.

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