Israel intensifica ataques em Gaza, deixando dezenas de mortos, enquanto Egito propõe nova trégua

Uma série de ataques aéreos israelenses resultou na morte de pelo menos sessenta pessoas na Faixa de Gaza, conforme informou o Ministério da Saúde palestino nesta segunda-feira, 24 de fevereiro. A escalada da violência ocorre em meio à instabilidade no enclave, após o governo de Israel romper um cessar-fogo estabelecido em janeiro. O Egito está mediando esforços para estabelecer uma nova trégua entre Israel e o Hamas, que está em conflito desde outubro de 2023.

A proposta egípcia sugere que o Hamas libere cinco reféns, incluindo um americano-israelense, em troca da libertação de centenas de palestinos detidos e da permissão para aumentar o fluxo de ajuda humanitária em Gaza. Além disso, os combates seriam suspensos por uma semana. Um oficial do Hamas, que pediu para não ser identificado, afirmou que o plano foi recebido de forma “positiva”. Com as recentes mortes, o total de palestinos mortos no conflito subiu para cinquenta mil e oitenta e dois, segundo o Ministério da Saúde em Gaza.

Nos últimos dias, hospitais em Gaza registraram cento e quarenta e três feridos em apenas 24 horas, elevando o total de feridos para mais de cento e treze mil. A Defesa Civil Palestina também relatou a perda de contato com seis membros que estavam em uma missão de resgate na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Em um desenvolvimento separado, Israel retomou os bombardeios no sul do Líbano, rompendo uma trégua de quatro meses, após um ataque de foguetes que não causou vítimas.

O governo israelense justificou o ataque como uma resposta a disparos de três foguetes do Líbano, que foram interceptados. O ataque israelense, realizado por artilharia, atingiu duas cidades libanesas e provocou uma morte e três feridos. O conflito entre Israel e Líbano se intensificou no ano passado, quando o Hezbollah começou a disparar contra Israel em apoio aos palestinos, levando a um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos em novembro de 2024.