Política

Morte de brasileiro-palestino em prisão israelense levanta suspeitas de negligência médica

Walid, jovem brasileiro palestino, morreu em prisão israelense, elevando para 63 o total de prisioneiros palestinos falecidos. Suspeita se de negligência médica.

Walid Khaled Abdallah, um brasileiro-palestino de 17 anos. (Foto: Fepal/Reprodução)

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O jovem brasileiro-palestino Walid Khaled Abdullah Ahmed, de 17 anos, faleceu no dia 23 de setembro na prisão de Megiddo, em Israel. A informação foi confirmada pela Comissão de Assuntos de Prisioneiros e Detentos Palestinos, vinculada à Autoridade Palestina. Walid havia sido detido na madrugada de 30 de setembro do ano anterior na Cisjordânia, onde residia, sob a acusação de agredir soldados israelenses. Ele foi transferido para o centro de integração de Huwwara antes de ser levado para Megiddo, onde teve comunicação restrita com seu advogado e familiares.

Na ocasião de sua morte, Walid ainda se encontrava em prisão preventiva. A Autoridade Palestina informou que as autoridades israelenses notificaram sobre o falecimento, mas não forneceram esclarecimentos sobre as causas. As circunstâncias em torno de sua morte permanecem obscuras, mas há suspeitas de negligência médica, uma vez que o jovem sofria de sarna e disenteria amebiana, conforme relatado pelo Gabinete de Ligação Palestino. Além disso, a família não teve acesso ao corpo.

Com a morte de Walid, o número de prisioneiros palestinos falecidos em prisões israelenses sobe para 63, sendo ele o primeiro menor de idade nessa estatística, segundo dados da Defesa das Crianças Internacional – Palestina. A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) destacou que Megiddo é conhecida pelo uso de tortura, incluindo choques elétricos e privação de alimentos. Relatos do jornal israelense Haaretz indicam que detentos frequentemente enfrentam abusos severos, como serem despidos e amarrados por longos períodos.

Desde o início do conflito em Gaza, o governo brasileiro tem realizado operações de repatriação de cidadãos. De acordo com o Itamaraty, aproximadamente 1.560 brasileiros e familiares foram retirados da região, abrangendo Israel, Gaza e a Cisjordânia.

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