05 de abr 2025
Síria acolhe resolução da ONU para investigar violações de direitos humanos após guerra civil
A ONU aprovou resolução para investigar violações de direitos na Síria. Novo governo sírio, após saída de Assad, busca reformar sua imagem. Resolução foi aprovada sem oposição no Conselho de Direitos Humanos. O embaixador sírio destacou a importância do apoio internacional. O novo governo deve cumprir compromissos, incluindo uma Comissão de Inquérito.
Vista da Praça Umayyad, após a queda de Bashar al-Assad da Síria, em Damasco, Síria. (Foto: REUTERS/Yamam Al Shaar)
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A Síria acolheu uma nova resolução das Nações Unidas, aprovada em quatro de abril de dois mil e vinte e cinco, que visa investigar violações de direitos humanos no país após a guerra civil de treze anos sob o regime de Bashar al-Assad. A resolução, aprovada sem oposição no Conselho de Direitos Humanos em Genebra, solicita que o novo governo sírio colabore nas investigações sobre os crimes cometidos desde o início do conflito em dois mil e onze.
O embaixador da Síria na ONU em Genebra, Haydar Ali Ahmad, destacou que o apoio internacional representa um "forte incentivo para continuar o caminho da reforma". A aprovação da resolução reflete uma mudança na postura dos quarenta e sete países membros do conselho em relação ao novo governo, que busca melhorar seu histórico de direitos humanos. O atual presidente do governo de transição, Ahmed al-Sharaa, liderou os rebeldes que tomaram Damasco em dezembro.
Após a saída de Assad para a Rússia, o novo governo expressou satisfação com a resolução, com o ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad al-Shibani, afirmando que o país está "orgulhoso" de sua participação na elaboração do documento. Os membros do conselho também elogiaram o engajamento da Síria e exigiram que o país cumpra os compromissos estabelecidos, incluindo a criação de uma Comissão de Inquérito para investigar crimes graves desde o início da guerra.
A guerra civil na Síria resultou em mais de cem mil desaparecimentos, além de torturas e uso de armas químicas pelo regime de Assad. A nova resolução representa um passo significativo na busca por justiça e responsabilização pelos crimes cometidos durante o conflito, refletindo a pressão internacional sobre o novo governo para demonstrar um compromisso genuíno com os direitos humanos.
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