09 de abr 2025
Netanyahu sai da Casa Branca sem conquistas em meio a tensões sobre Irã e tarifas comerciais
Netanyahu sai da reunião com Trump sem promessas claras, enquanto negociações com o Irã surpreendem e geram críticas em Israel.
Kevin Dietsch/Getty Images (Foto: Kevin Dietsch/Getty Images)
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deixou a Casa Branca sem conquistas significativas após uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O encontro, que deveria focar nas tarifas comerciais, resultou em uma surpresa para Netanyahu: Trump anunciou que os Estados Unidos e o Irã iniciariam negociações para um novo acordo nuclear. Essa revelação pegou o primeiro-ministro de surpresa, especialmente em um momento em que a mídia israelense especulava sobre possíveis ações militares contra o Irã.
Durante a reunião, Netanyahu tentou negociar a redução da tarifa de 17% imposta sobre as exportações israelenses, mas Trump não se comprometeu a alterar sua decisão. O presidente dos EUA destacou que Israel recebe anualmente US$ 4 bilhões, mas não ofereceu promessas concretas. A falta de resultados tangíveis deixou Netanyahu em uma posição delicada, especialmente diante das críticas internas sobre a situação em Gaza e a questão dos reféns.
Além disso, Trump elogiou o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, um crítico frequente de Netanyahu, o que aumentou a tensão na reunião. Erdogan, que já fez declarações hostis em relação a Israel, foi mencionado por Trump como um líder com quem ele tem boas relações, o que foi considerado embaraçoso para o primeiro-ministro israelense.
Ao final do encontro, Netanyahu reafirmou a posição de Israel de que o Irã não deve ter armas nucleares, sugerindo que um acordo deveria seguir o modelo da Líbia. No entanto, a falta de comunicação prévia sobre as negociações entre os EUA e o Irã foi vista como um sinal de que os interesses americanos poderiam prevalecer sobre os de Israel. A reunião, portanto, não trouxe as promessas esperadas e deixou Netanyahu com "mãos vazias", segundo analistas.
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