Política

Corte global na ajuda humanitária gera crise e provoca debate sobre dependência do Sul Global

Cortes na ajuda humanitária global acentuam a urgência de repensar a assistência, enquanto países do Sul Global buscam autonomia e novas parcerias.

Ilustraciones: CINTA ARRIBAS (Foto: CINTA ARRIBAS)

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A suspensão da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) por Donald Trump gerou um impacto significativo na assistência ao desenvolvimento global, levando a cortes na ajuda de diversos países, incluindo na Europa. A situação se agrava com a intensificação da crise humanitária, enquanto nações do Sul Global buscam reduzir sua dependência da ajuda externa. Organizações não governamentais (ONG) estão promovendo a "descolonização" e "localização" da assistência, visando um sistema mais autônomo e menos dependente.

A interrupção abrupta de programas essenciais, como os de combate ao HIV, malária e outras doenças, pode resultar em milhões de mortes. A desconfiança em relação à ajuda externa cresce em meio a crises de desigualdade e inflação, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, onde o populismo nacionalista influencia a opinião pública. O consenso sobre a importância moral da ajuda, estabelecido ao longo de décadas, enfrenta um colapso diante das novas realidades políticas.

Além disso, a ajuda ao desenvolvimento é cada vez mais vista como uma ferramenta de geopolítica. Em 2023, a Ucrânia recebeu a maior parte da assistência, apesar de ser um país de renda média, enquanto países como a Índia ficaram em segundo lugar. Essa reorientação da ajuda, que prioriza a recepção de refugiados em países europeus, levanta críticas sobre a negligência das necessidades nos países de origem.

Apesar das dificuldades, há um otimismo crescente entre os países receptores de ajuda. Muitos já se preparavam para essa mudança, reconhecendo a desigualdade na distribuição de recursos, especialmente durante a pandemia. Países africanos, por exemplo, estão buscando alternativas de financiamento, como os BRICS, que oferecem menos condicionais. As ONG também estão se adaptando, focando em processos e atores locais, e promovendo uma transformação que prioriza a eficiência e a justiça na cooperação ao desenvolvimento.

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