11 de abr 2025
Sánchez busca fortalecer laços comerciais com a China em meio a tensões comerciais globais
Pedro Sánchez, chefe do governo espanhol, realiza sua terceira visita à China, buscando fortalecer laços comerciais e atrair investimentos. A viagem ocorre em meio a discussões da União Europeia sobre tarifas para carros elétricos, gerando críticas da direita espanhola. A China, quarto maior parceiro comercial da Espanha, apresenta um déficit significativo nas trocas, com importações de produtos chineses totalizando € 45 bilhões e exportações de apenas € 7,4 bilhões. A visita também se dá após tensões entre a UE e a China, especialmente sobre tarifas que Bruxelas considera necessárias para proteger seus fabricantes.
O presidente chinês Xi Jinping e o primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez chegam para reunião bilateral na Casa de Hóspedes Diaoyutai, em Pequim (Foto: Andres MARTINEZ CASARES / POOL / AFP)
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O presidente da China, Xi Jinping, recebeu nesta sexta-feira o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, em sua terceira visita ao país em pouco mais de dois anos. A reunião ocorre em um momento em que a União Europeia (UE) está reavaliando sua política comercial, especialmente em resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos. O objetivo da visita é fortalecer as relações comerciais e atrair investimentos da China, que é o quarto maior parceiro comercial da Espanha.
Atualmente, a Espanha apresenta um déficit comercial com a China, importando produtos no valor de 45 bilhões de euros (US$ 49,1 bilhões), enquanto suas exportações somam apenas 7,4 bilhões de euros anualmente. Durante a última visita a Pequim, em setembro de 2024, Sánchez pediu à UE que reconsiderasse a imposição de tarifas sobre carros elétricos chineses, defendendo que essas medidas poderiam prejudicar a relação comercial entre os blocos.
A UE e a China iniciaram discussões sobre colaboração em carros elétricos, um tema que gerou críticas da direita espanhola e da imprensa conservadora. Críticos alegam que Sánchez age de forma unilateral, sem alinhar suas ações com Bruxelas, o que poderia comprometer a posição da Espanha nas negociações comerciais. A tensão aumentou após a resposta da China à proposta de tarifas, que incluiu uma investigação sobre as importações de carne suína da UE, afetando diretamente a Espanha, maior exportador europeu desse produto para o país asiático.
A visita de Sánchez à China, portanto, não apenas busca ampliar as relações comerciais, mas também ocorre em um contexto de crescente complexidade nas relações entre a UE e a China, especialmente em setores estratégicos como o de veículos elétricos. A situação reflete a necessidade de um equilíbrio entre interesses nacionais e as diretrizes da União Europeia em um cenário global em constante mudança.
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