14 de abr 2025
Líderes da UE planejam investir bilhões para reerguer exércitos e impulsionar economias
Líderes da União Europeia planejam investir bilhões em defesa para fortalecer suas forças armadas e revitalizar a indústria local.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, chega para reunião da União Europeia em Bruxelas. (Foto: Ludovic Marin/AFP)
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Líderes da União Europeia estão se preparando para investir centenas de bilhões de euros em defesa, visando reerguer suas forças armadas e reduzir a dependência de armamentos dos Estados Unidos. A reunião em Bruxelas, marcada para esta quinta-feira, discutirá um documento da Comissão Europeia sobre o futuro da defesa no continente. A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, destacou que “a força econômica e o plano da Europa de se rearmar são dois lados da mesma moeda.”
Desde 2021, os países europeus aumentaram seus gastos com defesa em quase um terço, mas seus orçamentos ainda são inferiores à metade do gasto militar dos EUA. A maioria das indústrias de defesa na Europa é modesta, com França e Alemanha buscando expandir suas capacidades. O presidente francês, Emmanuel Macron, incentivou a compra de sistemas de defesa europeus, enquanto Portugal considera substituir caças americanos por aeronaves europeias.
Desenvolver indústrias militares robustas levará tempo, e o novo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, mencionou a necessidade de uma estratégia de defesa focada em tecnologia. As nações europeias enfrentam o desafio de evitar redundâncias na produção de armamentos, como demonstrado pela diversidade de obuses enviados à Ucrânia. Economistas alertam que, embora o aumento nos gastos militares possa impulsionar a economia, os benefícios dependem da eficiência e da destinação dos recursos.
A União Europeia planeja um programa de empréstimos de 150 bilhões de euros para catalisar investimentos em defesa, além de propostas para flexibilizar regras fiscais. O banco Goldman Sachs prevê um modesto crescimento na zona do euro, com os maiores benefícios esperados para 2027. Contudo, a transição de indústrias automotivas para a produção de armamentos é vista com ceticismo por alguns especialistas, que questionam a viabilidade dessa mudança.
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