14 de abr 2025
Lula enfrenta desafios na política externa com a nova era de Trump e suas tarifas comerciais
Lula enfrenta um cenário desafiador na política externa, buscando reposicionar o Brasil em meio ao isolacionismo de Trump e às tensões globais. A COP 30 em Belém será uma oportunidade crucial para reforçar a agenda ambiental e explorar novas parcerias comerciais.
Numa reedição da política externa 'ativa e altiva' dos seus dois primeiros mandatos, Lula acreditou que poderia mediar conflitos externos como os que ocorrem na Ucrânia ou em Israel. Foi escanteado (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta desafios na política externa, especialmente após a ascensão de Donald Trump. A guerra tarifária promovida por Trump impacta as relações comerciais do Brasil, que depende dos Estados Unidos como um mercado importante. Lula busca reformular sua política externa, priorizando interesses nacionais e oportunidades comerciais, enquanto tenta retomar o protagonismo regional e engajar em questões ambientais, como a COP-30.
A diplomacia de Lula, que se propôs a mediar conflitos internacionais, como os da Ucrânia e Israel, enfrentou críticas e foi ignorada por líderes globais. A visão de um mundo multipolar, defendida por seus assessores, contrasta com a realidade de uma crescente bipolaridade entre Estados Unidos e China. A normalização do regime de Nicolás Maduro na Venezuela, após Lula apoiar sua visita ao Brasil, complicou ainda mais a posição do governo brasileiro na região.
Na agenda ambiental, Lula reconhece que a credibilidade externa depende de ações internas. Apesar de promessas sobre preservação, o Brasil enfrenta recordes de queimadas na Amazônia. A COP-30, que ocorrerá em novembro em Belém, será uma oportunidade para o Brasil se reposicionar, especialmente em um contexto de isolamento dos Estados Unidos.
Com o caos tarifário, Lula tem a chance de ajustar suas prioridades em política externa. O foco em sustentabilidade e combate às mudanças climáticas pode abrir portas para parcerias com a Europa e a China. O tratado União Europeia-Mercosul e as negociações com o Japão e a China são exemplos de como o Brasil pode explorar novas oportunidades comerciais em um cenário global em transformação.
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