16 de jan 2025
Lula aposta em pragmatismo nas relações com Trump e busca evitar tensões bilaterais
O governo Lula busca pragmatismo nas relações com Trump, apesar de diferenças ideológicas. Trump promete tarifas de importação que podem afetar exportações brasileiras, especialmente commodities. Marco Rubio, novo secretário de Estado, indica que a América Latina não será prioridade. A relação Brasil EUA pode ser tensa, com Lula adotando postura de "esperar para ver". A presença de Bolsonaro na posse de Trump destaca a complexidade das relações políticas na região.
Lula e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (Foto: Editoria de Arte)
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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva busca estabelecer uma relação pragmática com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que tomará posse em 20 de janeiro de 2025. Apesar da proximidade de Trump com Jair Bolsonaro e de uma agenda política mais à direita, auxiliares de Lula acreditam que os laços históricos entre Brasil e EUA permitirão um diálogo cordial. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, enfatizou que "as relações Brasil-EUA vão ser sempre ótimas", destacando a importância dos interesses de Estado sobre questões ideológicas.
Entretanto, a política econômica protecionista de Trump pode impactar negativamente as exportações brasileiras, especialmente no setor de commodities, como o aço. A imposição de tarifas mais rígidas pode aumentar a pressão inflacionária nos EUA, afetando a política monetária do Federal Reserve e, consequentemente, o valor do dólar em relação ao real. A expectativa é que a relação entre os dois países seja marcada por tensões, especialmente em temas como imigração e regulação de redes sociais.
A volta de Trump à presidência também levanta preocupações sobre o impacto em eleições futuras no Brasil, com a possibilidade de que suas políticas influenciem o ambiente político interno. A economia brasileira pode ser afetada por uma combinação de inflação e desaceleração do crescimento chinês, complicando a gestão macroeconômica do governo Lula. Além disso, a relação do Brasil com o Brics e a postura em relação a questões climáticas e democráticas serão desafiadas sob a nova administração americana.
Por fim, a escolha de Marco Rubio como secretário de Estado indica que a América Latina não será uma prioridade para a nova administração, o que pode dificultar a relação entre Brasil e EUA. O governo Lula pretende manter uma "relação correta" com Trump, evitando provocações e buscando entender as intenções do novo presidente. A ausência de Lula na posse de Trump, enquanto Bolsonaro foi convidado, reflete as tensões e as diferenças nas agendas políticas entre os dois países.
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