Política

Aliados dos EUA reavaliam dependência nuclear e consideram armamento próprio

Aliados dos EUA, como Alemanha e Japão, reconsideram a dependência da proteção nuclear americana, avaliando opções de armamento próprio.

Presidente americano fala com a imprensa no Salão Oval da Casa Branca. Imprevisibilidade nos EUA faz aliados repensarem sobre armas nucleares. (Foto: Eric Lee/The New York Times)

Presidente americano fala com a imprensa no Salão Oval da Casa Branca. Imprevisibilidade nos EUA faz aliados repensarem sobre armas nucleares. (Foto: Eric Lee/The New York Times)

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Ex-aliados dos EUA avaliam armas nucleares diante da incerteza de Washington

Diante da imprevisibilidade da política externa americana sob a presidência de Donald Trump, países como Alemanha, Polônia, França, Japão e Coreia do Sul reavaliam a dependência da proteção nuclear dos Estados Unidos. A possibilidade de desenvolverem suas próprias capacidades nucleares ou buscarem acordos de compartilhamento nuclear ganhou força no debate político desses países.

Historicamente, essas nações renunciaram ao desenvolvimento de armas nucleares em troca da proteção americana, mas a credibilidade desse compromisso está em xeque. Na Alemanha, o debate sobre uma dissuasão nuclear europeia se intensificou com o retorno de Trump.

Alemanha discute compartilhamento nuclear com França e Reino Unido

O chanceler Friedrich Merz propôs a discussão de um arranjo de compartilhamento nuclear com Londres e Paris. Thorsten Benner, do Global Public Policy Institute, defende que Berlim invista em “latência nuclear”, ou seja, desenvolver a capacidade de produzir armas rapidamente, sem efetivamente fazê-lo.

Na Polônia, o premiê Donald Tusk cogita firmar um acordo nuclear com a França ou buscar armas próprias. Na Ásia, Coreia do Sul e Japão também discutem a necessidade de dissuasão autônoma.

Ações de Trump impulsionam reavaliação global

A suspensão de armas para a Ucrânia, restrições a informações de inteligência e ameaças ao acesso ucraniano ao sistema Starlink, por parte do governo Trump, alimentam essa reavaliação. Especialistas apontam que os europeus estão percebendo a necessidade de autonomia em áreas militares sensíveis.

Até o momento, nenhum país rompeu com o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). A maioria aposta em maior cooperação com França e Reino Unido, potências nucleares, para compartilhar a dissuasão.

Proliferação pode elevar tensões globais

A proliferação entre aliados dos EUA pode gerar insegurança em outras potências, como Rússia, Coreia do Norte e China, elevando as tensões globais. Há também o risco de uma nova corrida armamentista e de ataques preventivos durante o período de desenvolvimento de novos arsenais.

Claudia Major, especialista alemã em segurança, afirma que uma bomba atômica alemã, na verdade, tornaria o país menos seguro. As mudanças promovidas por Trump parecem irreversíveis, e diplomatas questionam a dependência contínua dos EUA.

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