24 de abr 2025
Cardeal Joseph Zen deixa Hong Kong para participar do funeral do Papa Francisco
Cardeal Joseph Zen viaja ao Vaticano para o funeral do Papa Francisco, criticando a antecipação do conclave e reafirmando sua oposição ao acordo com a China.
Cardeal Camerlengo Kevin Joseph Farrell, flanqueado pelo Mestre de Cerimônias do Vaticano, Monsenhor Krzysztof Marcjanowicz, realiza o rito de aspersão sobre o corpo do Papa Francisco dentro da Basílica de São Pedro, no Vaticano, na quarta-feira, 23 de abril de 2025, onde ele ficará em câmara ardente por três dias. (Foto: Alessandro Di Meo/Pool Photo via AP)
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Cardeal Joseph Zen, crítico da relação entre o Vaticano e a China, recebeu permissão para viajar de Hong Kong ao Vaticano para o funeral do Papa Francisco. O religioso, de noventa e três anos, deixou a cidade na noite de quarta-feira, após conseguir reaver seu passaporte em um tribunal. Seu documento havia sido confiscado após sua prisão em 2022, sob a lei de segurança nacional imposta por Pequim.
Zen é conhecido por sua oposição ao acordo do Vaticano com as autoridades chinesas sobre a nomeação de bispos, o que considera uma traição aos católicos pró-Vaticano na China. Ele também criticou o Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, chamando-o de “homem de pouca fé”. Parolin é visto como um dos possíveis sucessores de Francisco.
Recentemente, Zen expressou sua preocupação com o início antecipado das reuniões pré-conclave, que começaram na terça-feira. Ele questionou a necessidade dessa antecipação em sua conta na rede social X. A secretária do cardeal informou que ele retornará a Hong Kong após a cerimônia, embora a data exata de volta ainda não esteja definida.
Este não é o primeiro episódio em que Zen teve que recorrer ao sistema judicial para deixar Hong Kong. Em 2023, ele passou por um processo semelhante para prestar homenagens ao Papa Emérito Bento XVI. Zen foi preso em 2022 sob suspeita de colusão com forças estrangeiras, mas ainda não enfrenta acusações relacionadas à segurança nacional. Ele e outros cinco foram multados por não registrarem um fundo que apoiava pessoas presas durante os protestos pró-democracia de 2019.
Além disso, o Cardeal Stephen Chow também viajará ao Vaticano para o conclave. Chow já havia convidado um bispo de Pequim para visitar Hong Kong, um gesto que simboliza a tentativa de fortalecer os laços entre a China e o Vaticano, que romperam relações diplomáticas após a ascensão do Partido Comunista Chinês.
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