24 de abr 2025
Deportação de venezuelanos para prisão em El Salvador gera crise na oposição brasileira
Deportações de venezuelanos para prisão em El Salvador geram crise na oposição, com críticas a Trump e dilemas para María Corina Machado.
Prisioneiros no Cecot em El Salvador, 26 de março de 2025. (Foto: Alex Brandon/AP)
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A deportação de centenas de venezuelanos dos Estados Unidos para a mega-prisão de Nayib Bukele em El Salvador gerou um intenso debate na oposição venezuelana. A situação se complica com o apoio de Donald Trump a essas deportações, que não fazem distinção entre criminosos e inocentes. O presidente salvadorenho, aliado de Trump, tem o respaldo de parte da oposição venezuelana, o que levanta questões sobre a defesa dos deportados.
A líder da oposição, María Corina Machado, enfrenta críticas internas sobre sua postura em relação aos deportados. Enquanto isso, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, utiliza a situação para atacar seus adversários. Machado declarou que está fazendo o possível para ajudar os venezuelanos afetados, afirmando que "tudo que poderia ser feito para defendê-los nos Estados Unidos foi feito".
Críticas à liderança de Machado surgem de grupos que questionam sua autonomia em relação a Washington. Esses grupos, que têm presença online, criticam a falta de ação em defesa dos deportados e planejam participar das eleições organizadas pelo regime de Maduro. A situação é ainda mais complexa devido à influência de especialistas venezuelanos na assessoria de Bukele, que têm um papel significativo nas decisões do governo salvadorenho.
Edward Rodríguez, jornalista e ex-colaborador de Juan Guaidó, afirmou que as deportações são uma questão que depende exclusivamente das decisões de Trump. Para ele, a proposta de troca de prisioneiros de Bukele é uma estratégia de marketing político. Ade Ferro, presidente do Venezuelan American Caucus, destacou que tanto os deportados quanto os prisioneiros políticos na Venezuela são vítimas do regime de Maduro e merecem apoio.
Machado, em entrevista, reiterou seu compromisso com os venezuelanos afetados e afirmou que as ações do governo Trump, embora difíceis, são parte de uma luta maior pela democracia. Ela enfatizou que a causa venezuelana deve unir todos os setores da oposição, sem transformá-la em um instrumento político.
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